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“Eu fico”. Medina promete cumprir mandato de quatro anos em Lisboa

Imitando Paulo Portas em 2001, é a vez de Fernando Medina prometer aos lisboetas que, caso vença, “nenhuma circunstância política” o fará deixar a autarquia da capital rumo à liderança do PS ou a um cargo no Governo.

Lusa
António Larguesa alarguesa@negocios.pt 09 de Julho de 2021 às 08:10

Duas décadas depois do célebre cartaz de Paulo Portas com o slogan "Eu fico", nas autárquicas de 2001, é a vez de Fernando Medina prometer aos lisboetas que, vencendo as eleições agendadas para 26 de setembro, "[cumprirá] integralmente o mandato" e não sairá para o Governo ou para se candidatar a secretário-geral do PS, como aconteceu com o antecessor, António Costa.

 

"Se ganhar a confiança dos lisboetas, de novo, para poder executar o mandato a que me proponho, serei presidente da Câmara Municipal de Lisboa durante os quatro anos. Não há nenhuma circunstância política — não estou a falar de um problema de saúde grave, que espero que não aconteça — que me fizesse não cumprir esse compromisso com os lisboetas", garante o candidato socialista na capital.

 

Em entrevista ao Expresso, publicada esta sexta-feira, 9 de julho, Fernando Medina disse esperar e também que "gostaria muito" que António Costa fosse recandidato a primeiro-ministro em 2023, mas "não [acha] estranho" que o líder socialista ainda não tenha esclarecido se pretende avançar para um terceiro mandato à frente do Governo.

 

Já questionado sobre se a ala mais à esquerda, corporizada por Pedro Nuno Santos, tem hipótese de sucesso no PS, aquele que é visto como outro dos possíveis sucessores de Costa respondeu que o partido não deve "alienar nunca um programa social-democrata, que assenta no reconhecimento da importância fundamental da economia de mercado e do investimento privado e da criação de emprego e de riqueza no país, mas também a criação de um Estado social forte".

 

Dias depois de ver a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) avançar com uma acusação contra a Câmara Municipal de Lisboa por violação do Regime Geral de Proteção de Dados no âmbito do caso "Russiagate" - por ter disponibilizado a entidades terceiras dos dados dos promotores de manifestações realizadas na cidade e comunicadas à Câmara -, Medina mostrou-se agastado com a forma "pouco cordial" como foi apresentado. "Não é normal acontecer sem contraditório", critica o autarca.

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