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PSD corta 28% no orçamento das autárquicas

O partido liderado por Rui Rio prevê gastar 9,2 milhões de euros nas eleições agendadas para 26 de setembro. Dos 65.411 candidatos, 27.605 são independentes. PS só fez seis coligações e é o único a ir a votos em todos os municípios.

Rio diz que entendimento é regional mas reafirma que se o Chega se moderar poderá haver acordo nacional.
José Coelho/Lusa
António Larguesa alarguesa@negocios.pt 05 de Agosto de 2021 às 11:34

Os orçamentos das candidaturas lideradas pelo PSD nas próximas autárquicas totalizam cerca de 9,2 milhões de euros, um valor que fica 28 % abaixo do montante gasto nas eleições de 2017, que ascendeu a 12,8 milhões de euros.

 

"Comprometido num maior rigor na gestão das suas despesas de campanha eleitoral", o partido liderado por Rui Rio diz que criou "novos procedimentos de controlo prévio da realização de gastos de campanha, com validação pela sede nacional dos documentos contabilísticos".

 

Em simultâneo, frisa o partido numa nota de imprensa, disponibilizou um sistema informático inédito aos mandatários financeiros locais – junto de quem reforçou igualmente as ações de formação descentralizadas –, que permite o acesso remoto e atualizado a toda a informação contabilística pelos vários intervenientes neste processo.

 

[Criámos] novos procedimentos de controlo prévio da realização de gastos de campanha, com validação pela sede nacional dos documentos contabilísticos. Comunicado do PSD



"O objetivo do PSD neste campo continua a ser a aposta na transparência, no rigor e na melhoria do seu processo de prestação de contas à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, antecipando a correção de erros frequentes que só depois das eleições eram percecionados pela sede nacional", acrescenta.

 

No mesmo documento, o partido laranja destaca que "continua empenhado neste trabalho de rigor na área financeira" e fala mesmo numa "melhoria muito relevante" registada nas últimas europeias e legislativas. Nessas eleições realizadas em 2019, pela primeira vez, a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos concluiu que as contas de campanha foram prestadas sem irregularidades.

 

Mais 68 coligações à direita em 2021

 

Terminado o prazo para a entrega das listas candidatas aos órgãos autárquicos, o PSD integra 146 coligações, o que compara com as 78 há quatro anos. Um número que, sustentam os social-democratas, "surpreende pela dimensão histórica e que evidencia a capacidade do PSD em alargar a sua base de acordos com outros partidos políticos".

 

De um total de 65.411 candidatos que integram as listas, 27.605 são independentes. Há mais homens (55,4%) do que mulheres e, por faixa etária, destacam-se os que têm entre 31 e 50 anos, que são 46,6% do total. Quase um terço tem mais de 50 anos e 21,4% são menores de 30 anos.

Na semana passada, o presidente do Chega, André Ventura, disse acreditar que é possível o partido tirar metade do eleitorado ao PSD nas eleições autárquicas de setembro, em que ambiciona tornar-se na terceira força politica nacional.

PS concorre em todos os municípios Com mais de 50 mil candidatos espalhados pelo país, o PS reclama o estatuto de único partido a concorrer em todos os municípios nas próximas autárquicas, e apresenta-se a votos em 2.759 freguesias. Os socialistas fizeram apenas seis coligações e apoiam nove candidaturas independentes, além de contarem com 45 independentes a encabeçar as suas listas. "O poder local democrático é o grande espaço de rejuvenescimento democrático e a mais importante fonte de fortalecimento das instituições politicas. (…) Importa agora que a campanha eleitoral sirva para informar e esclarecer os cidadãos e que, no respeito pelas regras de saúde, todos participem no ato eleitoral. Combater a abstenção é um dever de todos", sublinha o secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, citado num comunicado às redações.
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