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Duarte Cordeiro: A prioridade não é reduzir impostos. "É aumentar o investimento público"

Se a intenção é prosseguir a trajetória de desagravamento dos impostos sobre rendimentos do trabalho, Duarte Cordeiro é peremptório ao afirmar que a prioridade deve ser o reforço do investimento público e não a redução de impostos.

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Quais serão os eixos centrais da campanha eleitoral do PS?
O PS tem sido o partido político que tem perdido – ou ganho – mais tempo com o seu programa. Tem sido um processo exemplar porque tem discutido setorialmente os programas em discussões participadas e alargadas, tem colocado à consulta aquilo que são as versões preliminares do seu programa e vai no dia 20 deste mês aprovar o programa para as eleições legislativas. E portanto a prioridade do PS vai estar obviamente focada no que é o seu programa, nas prioridades dessas quatro grandes áreas que depois se conjugam com outras quatro áreas ligadas à boa governação. Entre outras coisas está a questão clara de melhoria dos serviços públicos no imediato. Tem também obviamente um conjunto de orientações estruturantes, como por exemplo o plano nacional de infraestruturas que vai ser determinante para a melhoria da competitividade de país.

Vai prometer baixar impostos?
O programa político do PS será conhecido no momento adequado. A redução de impostos não é uma discussão que se inicia agora, o PS tem reduzido os impostos. Hoje os portugueses pagam menos mil milhões de euros de IRS do que pagariam se o enquadramento fiscal fosse aquele que o PS herdou do anterior governo. Houve uma alteração nos escalões, houve um aumento do mínimo de cálculo para o IRS, houve um conjunto de alterações... Houve a introdução da tarifa social da energia...

Também houve impostos indiretos que subiram...
E desceram, também... Nós insistimos em explicar que o facto de a economia estar melhor, de haver mais pessoas empregadas faz com que haja mais gente a pagar impostos, a fazer contribuições sociais e isso aumenta o peso das receitas no PIB. É porque a economia está melhor, não é porque as taxas aumentaram, as taxas até diminuíram. Portanto já houve uma redução de impostos e o PS já iniciou esse processo...

Portanto é para continuar...
É o que lhe digo: no momento certo o programa do PS será conhecido, não serei eu a antecipar ou a divulgar nenhuma informação relativamente a essa matéria. O PS quer manter o caminho que tem seguido e quer obviamente enfrentar os desafios que consideramos que são os desafios fundamentais para o futuro no nosso país.

Mas a prioridade é baixar impostos ou aumentar investimento público?
Aumentar o investimento público. 

Perfil

Um socialista com muito capital político

Com 40 anos, Duarte Cordeiro acumula já um vasto capital político, acumulado na proximidade de três dos mais influentes dirigentes socialistas: António Costa, Pedro Nuno Santos e Fernando Medina.

É homem de confiança de António Costa, que já o escolheu por duas vezes como diretor de campanha eleitoral (nas legislativas de 2015 mas também nas eleições internas do PS em 2018) e o nomeou em Fevereiro para assumir as funções de operacional da geringonça, somando-lhe a responsabilidade de adjunto do primeiro-ministro; é um dos socialistas mais próximos de Pedro Nuno Santos, apontado como um provável sucessor de António Costa. E foi durante vários anos número dois de Fernando Medina na Câmara de Lisboa, também ele um possível candidato a líder do PS.

Tal como Pedro Nuno Santos, não disfarça a sua satisfação com a atual solução governativa e considera que o PS ainda tem muito espaço de convergência com os partidos que se posicionam à sua esquerda. É presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa do PS.

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