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Deve reconhecer-se que o governo conseguiu solidez superior à esperada, diz Rui Rio

O ex-presidente da Câmara do Porto Rui Rio disse esta quinta-feira, em Coimbra, que se deve reconhecer que o Governo "conseguiu uma solidez superior" à esperada e criticou a "perda de tempo" com o caso dos SMS da Caixa Geral de Depósitos.

Miguel Baltazar/Negócios
09 de Março de 2017 às 22:28
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"Devemos todos reconhecer que apesar de tudo, [o Governo] conseguiu uma solidez superior àquela que todos nós estávamos a pensar que seria possível. É um facto", vincou o economista social-democrata, realçando que negar esse facto é "perder a objectividade na análise das coisas".

 

No entanto, Rui Rio continua a acreditar que seria preferível uma "outra solução governativa", que poderia fazer mais pelo desenvolvimento do país do que a actual, "que está muito marcada na extrema esquerda".

 

"Aquilo que o Estado tem de fazer não é completamente compaginável com o equilíbrio que tem de fazer à esquerda", nomeadamente na questão da desburocratização ou da estabilidade do quadro macroeconómico, argumentou Rui Rio, que falava como orador da conferência "As Razões Internas da Crise", em Coimbra.

 

Durante a sessão, após a pergunta de um dos membros da plateia, o ex-autarca do PSD abordou ainda a questão da Caixa Geral de Depósitos (CGD). 

 

"Andamos aqui a perder tempo do SMS para cá ou para lá ou da declaração de rendimentos nos jornais ou no Tribunal Constitucional. Vale o que vale", constatou. Para Rui Rio, o que "verdadeiramente não se discute" é como é que se chegou "aos cinco mil milhões" necessários para a recapitalização da CGD e "de quem é a responsabilidade".

 

"Só uma sociedade que não está muito equilibrada é que anda aqui a forçar um administrador da Caixa a pôr os seus rendimentos nos jornais para todos sabermos o que ele e a mulher e os filhos têm. Mas, ao mesmo tempo, quando se pede ao povo para ter conhecimento de quem são os principais devedores da Caixa que nos levaram a isso, aí já não se pode publicamente dizer nada", considerou.

 

"Não compreendo. Não estou de acordo", vincou o político social-democrata, que mereceu uma salva de palmas no final da sua intervenção sobre a CGD por parte da plateia da conferência, uma iniciativa da Coimbra Business School - Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra.

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