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David Justino: “Congresso das direitas está a reconhecer o Chega como uma força política importante"
O vice-presidente do PSD, em entrevista ao Público e à Rádio Renascença, afirma que não iria à convenção que decorre na semana que vem e que é promovida pelo Movimento Europa e Liberdade. Rui Rio estará presente no evento, que terá também um representante do PS.
O Congresso das Direitas, como já foi batizada a convenção que na próxima semana será promovida pelo Movimento Europa e Liberdade não entusiasma David Justino, que diz ser contra o "frentismo de direita" e que deixa farpas à organização do evento, no qual estará o Chega: "Só não sei porque não convidam o PNR, já agora! Também era bem-vindo, pelos vistos".
Numa entrevista ao Público e à Rádio Renascença, que irá para o ar esta quinta-feira às 23:00, David Justino afirma que das últimas eleições resultou uma direita mais fragmentada, "com a queda do CDS, alguma redução do PSD, o aparecimento do Chega e da Iniciativa Liberal", mas afirma que "sem uma base ideológica", não pode haver à direita uma frente unitária, "a não ser para a defesa de interesses", algo que, neste momento, não interessa aos partidos que estão na oposição, defende.
Até porque, acrescenta, "não pode haver situação de igualdade em termos de parceria ou em termos de entendimento entre grupos que têm um deputado e o maior grupo parlamentar da oposição".
Quanto ao Chega, David Justino considera que "o que o congresso está a fazer é reconhecer o Chega como uma força política importante" quando, na sua opinião, "o Chega é um deputado, mais nada".
E sobre o Congresso das Direitas, afirma: "Eu não teria grande interesse em lá ir. Não é nestes ‘happenings’ que se faz a reflexão em torno dos grandes problemas do país. Às vezes é em pequenos grupos".
"Eu dou mais importância a esses contributos do que a andarmos a forçar um contexto político que, de todo em todo, não existe. Pode ser um desejo, pode ser uma vontade, mas não é uma realidade", remata.