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Costa e Rio discutem "mentiras" sobre linha circular do Metro

O presidente do PSD iniciou o debate quinzenal a perguntar ao primeiro-ministro se a suspensão da linha circular do metro de Lisboa aprovada pelo Parlamento significa ou não perda dos fundos europeus previstos para o projeto e se já foram pagas expropriações para acusar o ministro do Ambiente de "mentir aos portugueses". Costa admite não saber se foram pagas expropriações e acusa Rio de ser "leviano".

Lusa
18 de Fevereiro de 2020 às 16:22
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Coube a Rui Rio abrir o primeiro debate quinzenal de 2020, com o presidente do PSD a pegar numa "matéria que está completamente escura e ninguém entendeu".

Rio quis saber se a norma aprovada pelo Parlamento que suspende a linha circular do metropolitano de Lisboa significa, ou não, a perda dos fundos comunitários destinados ao projeto tal como disse o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes.

"Nem os deputados, e muito menos os portugueses, entenderam. Em que é que ficamos, afinal a deliberação do Parlamento põe ou não em perigo a utilização dos fundos comunitários, e se sim qual é essa verba", questionou o líder social-democrata.

Depois de evitar a resposta e após insistência de Rio, o primeiro-ministro acusou o líder da oposição de "leviandade" e sublinhou que "o Governo entende que é da sua competência exclusiva a definição e execução das linhas do metro", acrescentando que a obra será feita com os fundos comunitários previstos.

"A linha não está suspensa nem os trabalhos estão suspensos, pelo contrário, tudo se desenvolve com naturalidade", disse António Costa frisando que se a obra viesse a ser suspensa os 83 milhões de euros de fundos comunitários "não poderão ser alocados a outro objetivo" devido ao "calendário" dos próprios fundos europeus.

Rio concluiu em "português antigo" que Matos Fernandes "mentiu aos portugueses" e lançou a pergunta sobre se "houve alguma expropriação concretizada ou ainda não", pois o ministro do Ambiente dramatizou a suspensão do projeto pelo Parlamento dizendo que o dinheiro pago para expropriações teria de ser devolvido.

"Não lhe sei dizer em concreto se há alguma expropriação", ripostou António Costa que avançou de seguida um "conjunto de coisas" que Rio saberia se parasse para pensar e que passa pela necessidade de o país ter "capacidade para tomar decisões e executar as decisões que toma". O primeiro-ministro lembrou que a linha circular foi aprovado por todos e cada um dos governos desde 2008.

"A questão de fundo é como é que um partido com a responsabilidade de já ter governado este país várias vezes" e de ter "aprovado a expansão" vir agora "levianamente suspender a execução desta linha, isso é que é gravíssimo", rematou Costa.

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