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Costa: compra de ações dos CTT não foi em segredo e não esteve relacionada com o OE
"A operação não foi mantida em segredo, porque os CTT são uma empresa cotada, as ações foram compradas em bolsa, forma mais pública não há", afirmou António Costa.
O primeiro-ministro, António Costa, garantiu que a compra das ações dos CTT pela Parpúlica não foi feita em segredo e que só não foi comunicada para não influenciar o preço das ações. O chefe do Governo confirma que participação de 13% era o máximo proposto e que a compra não teve "diretamente" a ver com processo de negociação do Orçamento do Estado com a oposição, mas sim garantir a continuidade so serviço postal no caso do contrato de concessão não ser renovado.
"A operação não foi mantida em segredo, porque os CTT são uma empresa cotada, as ações foram compradas em bolsa, forma mais pública não há", afirmou António Costa acrescentando que a intenção de compra não foi anunciada apenas para impedir uma subida do preço das ações.
Caso houvesse um anúncio público por parte do Executivo, o Estado ficaria a perder, uma vez que o preço das ações subiria e o objetivo do Governo era aumentar a participação na empresa.
"O que é que não foi comunicado publicamente? A intenção do Estado comprar, mas por uma razão óbvia, porque no dia em que o Estado anunciasse que pretenderia comprar ações dos CTT, o que é que ia acontecer? As ações do CTT começavam a aumentar o preço e, portanto, aquilo que nós teríamos de pagar pela compra das ações era muito superior àquilo que tivemos de pagar pela compra das ações", disse o primeiro-ministro.
António Costa desmente a ligação desta compra com as negociações orçamentais com os partidos à esquerda, nomeadamente o PCP, referindo que o que estava em causa era a garantia do serviço de Correios numa altura em que se aproximava o final do contrato de concessão. Caso não houvesse acordo, diz Costa, "seria muito difícil continuar a assegurar o serviço", uma vez que "desde a rede de instalações, às viaturas, ao pessoal, às centrais de triagem, a todo o equipamento, estavam alienados".
O ainda primeiro-ministro refere que o mais importnate era evitar que o Estado terminasse a situação negocial "encostado contra a parede e sem nenhuma alternativa", uma vez que, caso não fosse renovada a ligação com o concessionário privado "não era fácil arranjar um concorrente" disposto a montar uma rede nova de Correios com "os equipamentos necessários, o know-how necessário, a experiência técnica acumulada ao longo de séculos por parte do CTT".
"Nós estávamos numa fase onde estava a chegar ao seu termo o contrato de concessão. O contrato de concessão tinha que ser renovado e, portanto, por cautela, entendemos que era de bom senso o Estado ter uma participação no capital. Essa foi uma injeção que começou, a aquisição das ações foram feitas entre agosto e outubro. De 2021, o novo contrato foi assinado em janeiro de 2022 e, por isso, a aquisição não prosseguiu, porque, entretanto, tínhamos chegado a acordo e não havia qualquer risco para a prosseguição da operação de serviço público", acrescentou.
Costa, à semelhança do que já foi argumentado pelo PCP esta quarta-feira, acredita que esta ação não teria, mesmo que essa fosse a intenção, impacto no sentido de voto dos comunistas dada a diferença de posição dos partidos sobre a matéria.
"Há que perceber, por muito boa vontade que tivesse o PCP, não ia determinar o seu sentido de voto, porque íamos comprar 13% do capital, quando defendiam que tivéssemos 100% do capital", explicou.
"A operação não foi mantida em segredo, porque os CTT são uma empresa cotada, as ações foram compradas em bolsa, forma mais pública não há", afirmou António Costa acrescentando que a intenção de compra não foi anunciada apenas para impedir uma subida do preço das ações.
"O que é que não foi comunicado publicamente? A intenção do Estado comprar, mas por uma razão óbvia, porque no dia em que o Estado anunciasse que pretenderia comprar ações dos CTT, o que é que ia acontecer? As ações do CTT começavam a aumentar o preço e, portanto, aquilo que nós teríamos de pagar pela compra das ações era muito superior àquilo que tivemos de pagar pela compra das ações", disse o primeiro-ministro.
Compra evitava Estado "contra a parede"
António Costa desmente a ligação desta compra com as negociações orçamentais com os partidos à esquerda, nomeadamente o PCP, referindo que o que estava em causa era a garantia do serviço de Correios numa altura em que se aproximava o final do contrato de concessão. Caso não houvesse acordo, diz Costa, "seria muito difícil continuar a assegurar o serviço", uma vez que "desde a rede de instalações, às viaturas, ao pessoal, às centrais de triagem, a todo o equipamento, estavam alienados".
O ainda primeiro-ministro refere que o mais importnate era evitar que o Estado terminasse a situação negocial "encostado contra a parede e sem nenhuma alternativa", uma vez que, caso não fosse renovada a ligação com o concessionário privado "não era fácil arranjar um concorrente" disposto a montar uma rede nova de Correios com "os equipamentos necessários, o know-how necessário, a experiência técnica acumulada ao longo de séculos por parte do CTT".
"Nós estávamos numa fase onde estava a chegar ao seu termo o contrato de concessão. O contrato de concessão tinha que ser renovado e, portanto, por cautela, entendemos que era de bom senso o Estado ter uma participação no capital. Essa foi uma injeção que começou, a aquisição das ações foram feitas entre agosto e outubro. De 2021, o novo contrato foi assinado em janeiro de 2022 e, por isso, a aquisição não prosseguiu, porque, entretanto, tínhamos chegado a acordo e não havia qualquer risco para a prosseguição da operação de serviço público", acrescentou.
Costa, à semelhança do que já foi argumentado pelo PCP esta quarta-feira, acredita que esta ação não teria, mesmo que essa fosse a intenção, impacto no sentido de voto dos comunistas dada a diferença de posição dos partidos sobre a matéria.
"Há que perceber, por muito boa vontade que tivesse o PCP, não ia determinar o seu sentido de voto, porque íamos comprar 13% do capital, quando defendiam que tivéssemos 100% do capital", explicou.