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Corrida para sucessão de Boris Johnson reduzida a quatro candidatos

O antigo ministro britânico das Finanças Rishi Sunak reforçou o estatuto de favorito na eleição para a liderança do Partido Conservador.

À porta de Downing Street, Boris Johnson admitiu que “ninguém é indispensável” e acedeu a deixar o cargo de primeiro-ministro.
Henry Nicholls/Reuters
18 de Julho de 2022 às 20:47
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O antigo ministro britânico das Finanças Rishi Sunak reforçou o estatuto de favorito na eleição para a liderança do Partido Conservador após uma terceira volta realizada hoje, na qual o deputado Tom Tugendhat foi eliminado. 

De acordo com Graham Brady, presidente do Comité 1922, o conselho dos deputados que organiza as eleições para a liderança, passaram à quarta volta Rishi Sunak (115 votos), Penny Mordaunt (82), a ministra dos Negócios Estrangeiros Liz Truss (71) e a secretária de Estado da Igualdade Kemi Badenoch (58).

Tugendhat foi eliminado por ter sido o menos votado (31 votos).

Nos últimos dias, dois debates televisivos revelaram não só diferenças de opinião sobre cortes fiscais, políticas ambientais ou o reconhecimento oficial de pessoas transgénero, mas também um grande distanciamento do atual primeiro-ministro. 

No domingo, os cinco candidatos foram convidados a levantar a mão se estivessem dispostos a ter Boris Johnson como ministro, mas nenhum o fez, apesar de a maioria ter servido no seu governo.

Segundo comunicação social britânica, Sunak e Truss recusaram participar num terceiro debate televisivo previsto para terça-feira, preocupados com a má imagem e exposição de divisões dentro do partido, patente no debate na estação ITV. 

Outras rondas de votação vão realizar-se na quarta e quinta-feira para reduzir a corrida a apenas dois candidatos, que irão enfrentar uma última votação dos cerca de 180.000 militantes de base do Partido Conservador em todo o país. 

O vencedor deverá ser anunciado a 05 de Setembro, tornando-se automaticamente primeiro-ministro, sem necessidade de uma eleição nacional.

A eleição foi desencadeada quando Johnson se demitiu do cargo de líder conservador na semana passada, após uma demissão em massa de membros do governo por causa de meses de escândalos éticos, mas permanecerá no cargo até que o seu substituto seja escolhido.
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