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CIP ataca Santos Silva e diz que "milagre económico" se deve às empresas

António Saraiva, líder da CIP, afirma que o ministro dos Negócios Estrangeiros denegriu "injustamente" a imagem das empresas e empresários portugueses.

Vítor Mota
29 de Dezembro de 2019 às 16:43
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A CIP – Confederação Empresarial de Portugal entrou em rota de colisão com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, depois deste declarado que "um dos problemas das empresas portuguesas é a sua fraquíssima qualidade de gestão".

"Não podemos é consentir que aquele que maiores responsabilidades tem na promoção e defesa dos interesses de Portugal seja aquele que mais destrata as empresas e empresários que arrancaram, com o povo português, o Estado da falência em que a fraquíssima administração política de sucessivos governos nos deixaram.... alguns de que o próprio Augusto Santo Silva fez parte", afirma a CIP, num comunicado emitido este domingo, 29 de dezembro, e assinado pelo seu presidente, António Saraiva.

No 8º Fórum Anual dos Graduados Portugueses no Estrangeiro, que teve lugar a 27 de dezembro em Coimbra, Augusto Santos Silva afirmou: "Podemos esperar sentados [se se supõe que o atual tecido empresarial português] é capaz de, por si só, perceber a vantagem em trazer inovação para o seu seio e a vantagem em contratar pós-graduados e doutorados".

Para António Saraiva, o facto do ministro dos Negócios Estrangeiros ter a missão de "promover o investimento externo no país e denegrir injustamente a imagem de empresários e empresas portuguesas não parece ser exatamente aquilo que se entende como a nobre missão de defesa do interesse nacional".

O líder da CIP vai mais longe nas suas críticas e considera que o "milagre económico" de que este Governo "tanto gosta de se gabar" se deve "essencialmente às empresas e aos empresários portugueses" e sublinha que "os empresários e as empresas são os primeiros a reconhecer que têm que continuar a fazer mais pela incorporação de inovação, qualidade e formação dos seus quadros e que o investimento externo constitui uma ajuda".

Por isso, acrescenta, "as afirmações proferidas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros só podem ser entendidas por terem sido ditas por alguém que, vivendo fechado em ambientes palacianos, há muito que não sai à rua para ver como o mundo lá fora gira e avança".

"Não quero acreditar que estas afirmações resultem de um sectarismo ideológico incapaz de reconhecer méritos e competências à iniciativa privada, nem tão pouco que sejam consequência da situação política que deixa um governo refém de partidos estatizantes e anti iniciativa privada. Prefiro antes acreditar que o senhor ministro há muito que não visita as empresas que todos os dias promovem o milagre económico do país, que ele representa, e que tantos louvores tem recebido, por isso, no mundo", conclui António Saraiva.

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