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Carlos César: O Presidente da República “não fez o que politicamente era devido”

O presidente do PS arrancou o discurso no congresso com críticas a Marecelo Rebelo de Sousa, afirmando que “o país devia ter sido poupado a esta interrupção”. Fez balanços, deixou elogios rasgados a Pedro Nuno Santos e pediu ao PS “uma atitude inquieta”, porque “há sempre muito para fazer e há sempre muito para mudar”.

Sérgio Azenha
Filomena Lança filomenalanca@negocios.pt 06 de Janeiro de 2024 às 12:19

"O País devia ter sido poupado a esta interrupção gerada pela decisão do Presidente da República de convocação de eleições antecipadas, porque é hoje amplamente reconhecido que, nas circunstâncias então difundidas, o Primeiro-Ministro fez o que lhe era institucionalmente requerido, mas o Presidente da República, em resposta, não fez o que politicamente era devido." O Presidente do PS deixou fortes críticas ao Presidente da República no arranque do seu discurso este sábado no Congresso Nacional do PS. 


No entanto, "não somos, nem fomos nunca, prisioneiros das circunstâncias, muito menos agora com Pedro Nuno Santos - o que lá vai, lá vai", prosseguiu Carlos César, que foi hoje reeleito presidente do PS com 90,36% dos votos, cargo ao qual se recandidatou sem oposição. 


Para o PS, sublinhou, "agora é o tempo de mostrar aos portugueses o líder que temos, aquilo que somos e o que merecemos ser". E foram muitos os elogios a Pedro Nuno Santos, que dentro de menos de uma hora vai também discursar, pela primeira vez já como secretário-geral do partido. "Frontal e sem receios de mostrar quem é. E é disso que o País precisa, "disse. 

Também pediu mudanças internamente: "são necessárias mais renovação nas políticas e nos políticos e mais energia ao serviço do País, porque há criatividade a menos e cansaço a mais que comprometem a confiança dos cidadãos na nossa democracia e nos seus destinos". E, se "há caminho feito", também há "reclamações dos portugueses que importa atender".

E "essa atitude inquieta é a que se espera de um partido como o PS", que agora "se fortalece como um partido transformador e progressista"

 

Carlos César fez o inevitável balanço dos oito anos de Governo PS, com o que considerou "resultados excecionais que, quando comparados com os outros países e com as médias europeias mostram, na esmagadora maioria dos casos, o nosso melhor desempenho". 

 

"Não somos, por isso, um partido de ocasião. Somos um partido de várias gerações de portuguesas e de portugueses e um partido com uma história realizadora", frisou.  

 


(notícia atualizada com mais informação)

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