Notícia
Bloco quer que Governo levante serviços mínimos da greve da Ryanair
Para a líder do Bloco de Esquerda, a Ryanair não presta nenhum serviço público fundamental ou estratégico para o país. Por isso, defende Catarina Martins, o Governo deve pôr fim aos serviços mínimos que decretou para a greve que decorre até domingo.
A líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu nesta quinta-feira, 22 de agosto, que o Governo ponha fim aos serviços mínimos que decretou para a greve da Ryanair, considerando que a companhia aérea não presta "nenhum serviço público fundamental ou estratégico para o país".
Na semana passada, o Governo decretou serviços mínimos para a greve da Ryanair, que passam por assegurar algumas ligações a 100% (como o caso Lisboa-Paris ou Porto-Colónia). Foi a primeira vez que o Governo definiu serviços mínimos numa paralisação da Ryanair convocada pelo SNPVAC, confirmou fonte do sindicato ao Negócios.
"A Ryanair não presta nenhum serviço público fundamental ou estratégico para o país. Já fez greves antes sem serviços mínimos e já foi detetado que em Portugal não cumpre a legislação laboral. Não se compreende que [nestes moldes] o Governo tenha decretado serviços mínimos pela primeira vez e esteja a fragilizar ainda mais estes trabalhadores", afirmou Catarina Martins.
O SNPVAC acusa a companhia aérea de baixo custo de não pagar o subsídio de férias e de Natal aos trabalhadores e de não conceder o número de dias de férias previsto na lei, entre outras questões.
"Esta greve é muito importante para o país: uma multinacional não pode achar que chega e não cumpre, que Portugal passa a ser a república das bananas. Temos de ser um país que cumpre a sua legislação e que as empresas podem operar por cá mas têm de cumprir a legislação", defendeu a bloquista, acrescentando que a lei prevê multas, sanções e até a proibição de operação em Portugal nesses casos.
Questionada sobre eventuais serviços mínimos para a nova greve dos motoristas de matérias perigosas, uma hipótese que o Governo, para já, não exclui, Catarina Martins disse apenas que é necessário bom senso entre as duas partes e que as negociações ocorram sem pré-condições definidas.
Serviços mínimos em linha com anteriores no setor, diz o Governo
Na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros, o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, defendeu que os serviços mínimos decretados pelo Governo para a greve da Ryanair "estão em linha" com o histórico de paralisações similares no ramo da aviação civil.
O governante respondia assim à notícia do Negócios, que dá conta que esta foi a primeira vez que o Governo definiu serviços mínimos numa greve da Ryanair.
"Aquilo que nós verificamos é que quando as greves se estendem por vários dias, como é o caso desta greve da Ryanair, e quando têm lugar num período do ano que é muito vincado do ponto de vista das deslocações e do uso do meio de transporte aéreo, aquilo que se tem verificado é que são decretados serviços mínimos", afirmou.
"O Governo deve acabar com os serviços mínimos" da greve da Ryanair, afirmou Catarina Martins, que falava aos jornalistas depois de ter reunido com o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) sobre a paralisação que está a decorrer.
"A Ryanair não presta nenhum serviço público fundamental ou estratégico para o país. Já fez greves antes sem serviços mínimos e já foi detetado que em Portugal não cumpre a legislação laboral. Não se compreende que [nestes moldes] o Governo tenha decretado serviços mínimos pela primeira vez e esteja a fragilizar ainda mais estes trabalhadores", afirmou Catarina Martins.
O SNPVAC acusa a companhia aérea de baixo custo de não pagar o subsídio de férias e de Natal aos trabalhadores e de não conceder o número de dias de férias previsto na lei, entre outras questões.
"Esta greve é muito importante para o país: uma multinacional não pode achar que chega e não cumpre, que Portugal passa a ser a república das bananas. Temos de ser um país que cumpre a sua legislação e que as empresas podem operar por cá mas têm de cumprir a legislação", defendeu a bloquista, acrescentando que a lei prevê multas, sanções e até a proibição de operação em Portugal nesses casos.
Questionada sobre eventuais serviços mínimos para a nova greve dos motoristas de matérias perigosas, uma hipótese que o Governo, para já, não exclui, Catarina Martins disse apenas que é necessário bom senso entre as duas partes e que as negociações ocorram sem pré-condições definidas.
Serviços mínimos em linha com anteriores no setor, diz o Governo
Na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros, o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, defendeu que os serviços mínimos decretados pelo Governo para a greve da Ryanair "estão em linha" com o histórico de paralisações similares no ramo da aviação civil.
O governante respondia assim à notícia do Negócios, que dá conta que esta foi a primeira vez que o Governo definiu serviços mínimos numa greve da Ryanair.
"Aquilo que nós verificamos é que quando as greves se estendem por vários dias, como é o caso desta greve da Ryanair, e quando têm lugar num período do ano que é muito vincado do ponto de vista das deslocações e do uso do meio de transporte aéreo, aquilo que se tem verificado é que são decretados serviços mínimos", afirmou.