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BE lamenta fim da geringonça, mas continuará a negociar com o PS

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, reagiu à decisão do PS de governar sozinho.

Lusa
11 de Outubro de 2019 às 17:33
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"Ao decidir pôr um ponto final à existência do modelo de acordo político que ficou conhecido como "geringonça", o Partido Socialista recusa um modelo que deu provas de resistência face a turbulências políticas, que impediu recuos e assegurou um percurso estável e de respeito pelos direitos e rendimentos", disse Catarina Martins, esta sexta-feira, reagindo à decisão do PS de avançar com formação de Governo de forma minoritária.

"Ao decidir ponto final à geringonça, o PS recusou um modelo que impediu recuos e respeitou direitos e rendimentos. Foram garantia de estabilidade. O Bloco lamenta", afirmou Catarina Martins, menos de 48 depois de o Bloco ter terminado a reunião com o PS, durante a maratona do primeiro-ministro por todos os partidos de esquerda com assento parlamentar.

A coordenadora refere que "não se esquece dos compromissos assumidos" e diz que o PS se ",manifestou indisponível para alterar a legislação laboral". Catarina Martins diz ainda que "não existiu por parte do Partido Socialista indelicadeza para com o BE, mas sim uma divergência política". "Na quarta-feira apresentei um documento propondo as bases políticas para um acordo de legislatura", mas que não terá agradado aos socialistas, disse Catarina Martins.

"Assumimos todas as nossas responsabilidades e continuaremos a assumi-las", acrescentou a bloquista.

"Vamos ter uma relação diferente da que tivemos até agora. Eles [PS] mostraram-se disponíveis para discutir e o BE mantém essa disponibilidade."

O secretário-geral do PS afirmou esta quinta-feira que não faria qualquer acordo escrito de legislatura com outras forças parlamentares, mas frisou que a metodologia de trabalho adotada na anterior legislatura vai manter-se com os parceiros.

Nessa intervenção, António Costa disse que, desta vez, não se repetirá a assinatura de declarações conjuntas do PS com o Bloco de Esquerda, PCP e PEV, tal como em 2015, mas salientou logo a seguir que a metodologia de trabalho adotada na anterior legislatura se manterá, sendo agora alargada ao PAN e Livre.







, afirmou a bloquista, mas mostrando disponibilidade para continuar a falar, lei a lei, no Parlamento. "O nosso mandato é para em cada votação defender um país mais justos na economia e ambiente. O Bloco atuará com disponibilidade para encontrar as melhores soluções".

Também as negociações prévias vão prosseguir: se o PS já pediu uma reunião para prosseguir negociações, ela "terá lugar brevemente", disse Catarina Martins. Na próxima semana.

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