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Armando Vara defende comissão de inquérito à CGD

Contrariando a posição de José Sócrates, Armando Vara, que foi administrador entre 2005 e 2007, defende comissão de inquérito para defender o "bom nome" da instituição e de quem trabalhou na Caixa Geral de Depósitos

Pedro Aperta
21 de Junho de 2016 às 15:11
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Contrariando a posição de José Sócrates, Armando Vara, ex-dirigente do PS e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos, defende numa carta dirigida ao presidente da Assembleia da República uma comissão de inquérito que "que permita esclarecer, em toda a sua extensão, a evolução da situação financeira da Caixa Geral de Depósitos", de forma a defender "o bom nome" da instituição e dos que lá trabalharam, de acordo com o Diário de Notícias.

O ex-ministro dos governos de António Guterres está envolvido em várias investigações judiciais. No caso Face Oculta foi condenado a cinco anos de prisão efectiva, decisão da qual recorreu. No âmbito da Operação Marquês (que envolve José Sócrates), foi constituído arguido, por causa de um crédito concedido ao empreendimento Vale do Lobo.

Na carta dirigida a Ferro Rodrigues, citada pelo Diário de Notícias, Armando Vara vem "pugnar pelo envolvimento do Parlamento, através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, que permita esclarecer, em toda a sua extensão, a evolução da situação financeira da CGD ao longo deste período e apurar as causas que possam estar na origem desta eventual necessidade de recapitalização".

Vara começa por sublinhar que "um inquérito parlamentar à gestão de uma determinada empresa constitui um poderoso fator de desvalorização da mesma e, por isso, um meio que não se justifica quando existem outras formas de levar a cabo a fiscalização pública da sua actuação".

"Todavia, não tendo diversas auditorias extraordinárias (incluindo forenses) levadas a cabo à CGD desde 2011", para além das inspecções anuais, "servido para os agentes envolvidos se revelassem satisfeitos ou descansados relativamente à legalidade da actuação da gestão do Banco, preferindo, ao invés, enveredar pelo caminho de criar um clima de suspeição sobre a honorabilidade de quantos serviram e servem a instituição, torna-se imperioso que, para defesa do bom nome, em primeiro lugar da própria instituição e, em segundo, de todos quantos trabalharam nela e trabalham, seja realizada uma inquirição pública, totalmente transparente e aberta, da sua gestão ao longo dos anos".

De acordo com o Diário de Notícias, um dos créditos problemáticos foi concedido na altura em que Vara era administrador.

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