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António Costa: "grande investimento" na Saúde deve ser nos cuidados primários e continuados

No entender do líder do Governo o "grande investimento" que tem de ser feito no sector da Saúde deve incidir sobretudo nos cuidados primários e continuados. António Costa define ainda o combate à precariedade como "central" para reforçar a produtividade em Portugal.

Fernando Veludo/Lusa
26 de Novembro de 2018 às 14:42
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O primeiro-ministro disse hoje que o "grande investimento" que o país tem que "continuadamente fazer" na área da Saúde é no programa de cuidados primários e continuados para não fazer cair nos hospitais "todas as pressões".

 

Em Braga, numa sessão de perguntas e respostas na Universidade do Minho para assinalar os três anos de Governo, António Costa foi questionado sobre os sinais de esgotamento de médicos e enfermeiros.

 

O chefe do Governo referiu que o executivo tomou medidas para aliviar a "tensão" sentida por aqueles profissionais de saúde, dando como exemplo o aumento do número de enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde e a instituição da semana de trabalho de 35 horas para todos os profissionais.

 

"Indiscutivelmente, o grande investimento que o país tem que continuadamente fazer é no programa de cuidados primários e continuados, de forma a não fazer cair no sistema hospitalar todas as pressões e todas as necessidades que podem, aliás, com mais eficiência, serem satisfeitas fora do sistema hospitalar e com melhor qualidade e resultados, isso é chave", salientou António Costa.

 

Segundo o primeiro-ministro, "o esforço grande que tem sido feito ao longo destes três anos é procurar recuperar muitos dos factores que contribuíram para essa tensão".

 

António Costa deu exemplos daquele esforço: "[Se há] mais profissionais no SNS é porque temos consciência que havia enorme pressão sobre a carência de enfermeiros. Quando repusemos o horário nas 35 horas foi por termos consciência dessa pressão, quando alagarmos as 35 horas para quem foi contratado com 40 horas foi porque tivemos em conta essa situação", enumerou.

 

Ainda no momento do debate relativo à Saúde, o primeiro-ministro voltou a referir como objectivo do Governo a cobertura total da rede de médicos de família a todos os portugueses até ao fim da legislatura.

 

Governo prometeu e cumpriu descongelamento das carreiras na função pública


António Costa afirmou em Braga que o Governo prometeu e cumpriu o descongelamento das carreiras na função pública, incluindo a dos professores.

 

"Acabar com o congelamento era o prometido e foi o que fizemos", referiu. Em relação aos professores, disse que 32 mil já podem progredir na carreira e que outros 12 mil o poderão igualmente fazê-lo até ao final deste mês.

 

Outros 19 mil terão essa oportunidade no próximo ano.

 

Em relação à contagem do tempo de serviço dos professores, o primeiro-ministro destacou a "total intransigência" dos sindicatos, que não abdicavam dos nove anos, quatro meses e dois dias.

 

O Governo contrapôs com dois anos, oito meses e 18 dias e vai mesmo avançar com esta medida, "mesmo sem o acordo dos sindicatos".

 

Para o primeiro-ministro, o Governo trata, assim, os professores "de forma exactamente igualitária com as outras carreiras".

 

Costa diz que combate à precariedade "é central" para melhorar produtividade

 

"O combate à precariedade é central para uma melhor produtividade", diz Costa sublinhando a evolução registada nesse domínio nos últimos anos.

 

O chefe do Governo sublinhou que dos 341 mil novos postos de trabalho criados nos últimos três anos, 87 % são contratos sem termo.

 

"O combate à precariedade é central para uma melhor produtividade", referiu, lembrando que o aumento da produtividade passa pela qualificação dos recursos humanos.

 

"Alguém investe na qualificação de quadros precários?", questionou. "A precariedade não é só negativa para os trabalhadores", sublinhou Costa, lembrando que são sobretudo as empresas que têm a perder.

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