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André Ventura: Chega vai impedir extrema-direita em Portugal
O deputado eleito a 6 de outubro afasta-se de movimentos extremistas na Europa, como os alemães da AfD ou os gregos da Aurora Dourada, apresentando o novo partido no Parlamento como “uma direita muito democrática e liberal na economia”.
André Ventura mostra-se "convencido que não vai haver extremo nenhum em Portugal" e sustenta que "isso se deve muito ao Chega e ao papel que o Chega vai ter". "No final da legislatura vão reconhecer que é um partido democrático", acrescentou.
Numa entrevista ao Público em que faz o contraponto entre o partido que fundou e o alemão AfD, populista de extrema-direita, que apresenta como "um partido ridículo, extremista e desumano", Ventura recusa também parcerias ou contactos com a Aurora Dourada, da Grécia, que "são um bando de criminosos".
"Considero-me uma pessoa de direita, integrada numa direita que até pode, nalguns aspetos, querer uma democracia mais musculada do ponto de vista da segurança e da justiça, mas para nós os alicerces da democracia são fundamentais. (…) Somos essencialmente uma direita à portuguesa, muito democrática e liberal quanto à economia", resumiu.
Aliás, na área económica, André Ventura faz questão nesta entrevista de dizer que o Chega tem "diferenças em relação à extrema-direita que, por essa Europa fora, é sobretudo estatizante e defende lógicas do controlo do poder económico pelo Estado" e que "são mais próximas do Partido Comunista do que da tal direita liberal".
Reclamando que mais liberdade económica, o deputado eleito nas legislativas de 6 de outubro recusa ter recebido financiamento para a campanha de movimentos ligados a Steve Bannon ou a Jair Bolsonaro. "Primeiro, nunca seria ético, segundo porque seria ilegal. Nós queremos ser diferentes dos outros, não vamos cometer ilegalidades", concluiu.