Notícia
André Ventura acusa Ferro de o mandar calar e pede audiência urgente a Marcelo
O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, advertiu o deputado do Chega por utilizar com "demasiada facilidade" as palavras "vergonha" e "vergonhoso" nas suas intervenções, acrescentando que é algo de desrespeita o parlamento e o próprio.
12 de Dezembro de 2019 às 18:39
O deputado único do Chega, André Ventura, acusou esta quinta-feira o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, de o ter mandado calar durante um debate parlamentar e anunciou um pedido de audiência urgente ao Presidente da República.
O parlamentar de extrema-direita declarou que espera ainda hoje um pedido de desculpa formal por parte do segundo magistrado da nação, em declarações nos passos perdidos do Palácio de São Bento.
Antes, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, advertiu o deputado do Chega por utilizar com "demasiada facilidade" as palavras "vergonha" e "vergonhoso" nas suas intervenções, acrescentando que é algo de desrespeita o parlamento e o próprio.
"Os factos que hoje ocorreram nesta casa são de uma tremenda e extraordinária gravidade. Além de o Presidente da Assembleia da República, a segunda figura do Estado português, ter mandado calar um deputado eleito por um partido e pelo povo português, não lhe permitiu depois o direito ao exercício da defesa da honra, quebrando e quartando esse direito", lamentou Ventura.
Ventura estava a intervir no debate sobre a remoção de amianto de edifícios públicos e terminou discurso com críticas ao Governo por ter verbas para subvenções vitalícias, mas não as despender para a remoção daqueles materiais perigosos.
Em seguida, o tribuno do Chega pediu a palavra para "defesa da honra", dizendo que um deputado pode utilizar "as expressões que entende" em nome "da liberdade de expressão", mas o presidente da assembleia respondeu, interrompendo-o, que "não há liberdade de expressão quando se ultrapassa a liberdade dos outros".
"O Presidente da Assembleia da República manda calar quem ele quiser, no PS, na casa dele, como ele entender. O Chega não se vai calar nem perante o presidente da Assembleia da República nem por nenhuma outra figura do PS", assegurou.
Ventura disse que o Chega pesquisou quantas vezes a palavra "vergonha" foi utilizada noutras legislaturas e chegou à conclusão de que foi "imensas, de todos os partidos, desde o BE ao PS" e queixou-se ainda de a deputada bloquista Joana Mortágua, no mesmo debate parlamentar, ter recorrido, em seguida, à mesma expressão e de não ter sido alvo de qualquer sanção por parte de Ferro Rodrigues.
"Dada a gravidade destes factos, que é enorme, o Chega vai pedir ao Presidente da República uma audiência urgente, atendendo ao que se passou hoje e porque está em causa, verdadeiramente, o regular funcionamento das instituições", anunciou Ventura.
O deputado do Chega afirmou ainda ter recebido diversas manifestações de solidariedade de outros deputados e da sociedade civil em geral em face do episódio e sublinhou que é a democracia que fica em causa, pois o presidente da Assembleia da República não pode definir que palavras os parlamentares utilizam.
O parlamentar de extrema-direita declarou que espera ainda hoje um pedido de desculpa formal por parte do segundo magistrado da nação, em declarações nos passos perdidos do Palácio de São Bento.
"Os factos que hoje ocorreram nesta casa são de uma tremenda e extraordinária gravidade. Além de o Presidente da Assembleia da República, a segunda figura do Estado português, ter mandado calar um deputado eleito por um partido e pelo povo português, não lhe permitiu depois o direito ao exercício da defesa da honra, quebrando e quartando esse direito", lamentou Ventura.
Ventura estava a intervir no debate sobre a remoção de amianto de edifícios públicos e terminou discurso com críticas ao Governo por ter verbas para subvenções vitalícias, mas não as despender para a remoção daqueles materiais perigosos.
Em seguida, o tribuno do Chega pediu a palavra para "defesa da honra", dizendo que um deputado pode utilizar "as expressões que entende" em nome "da liberdade de expressão", mas o presidente da assembleia respondeu, interrompendo-o, que "não há liberdade de expressão quando se ultrapassa a liberdade dos outros".
"O Presidente da Assembleia da República manda calar quem ele quiser, no PS, na casa dele, como ele entender. O Chega não se vai calar nem perante o presidente da Assembleia da República nem por nenhuma outra figura do PS", assegurou.
Ventura disse que o Chega pesquisou quantas vezes a palavra "vergonha" foi utilizada noutras legislaturas e chegou à conclusão de que foi "imensas, de todos os partidos, desde o BE ao PS" e queixou-se ainda de a deputada bloquista Joana Mortágua, no mesmo debate parlamentar, ter recorrido, em seguida, à mesma expressão e de não ter sido alvo de qualquer sanção por parte de Ferro Rodrigues.
"Dada a gravidade destes factos, que é enorme, o Chega vai pedir ao Presidente da República uma audiência urgente, atendendo ao que se passou hoje e porque está em causa, verdadeiramente, o regular funcionamento das instituições", anunciou Ventura.
O deputado do Chega afirmou ainda ter recebido diversas manifestações de solidariedade de outros deputados e da sociedade civil em geral em face do episódio e sublinhou que é a democracia que fica em causa, pois o presidente da Assembleia da República não pode definir que palavras os parlamentares utilizam.