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Ana Gomes acusada de anti-semitismo devido a conferência. "Não me arrependo"

A eurodeputada foi acusada de "atentar contra a dignidade do Parlamento Europeu" devido a uma conferência, onde participou Omar Barghouti, fundador de um movimento de boicote a Israel. Ana Gomes diz não temer "lóbis perversos", noticia a Sábado.

João Manuel Ribeiro/Negócios
01 de Março de 2018 às 19:25
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A eurodeputada Ana Gomes garante ter tido autorização do Parlamento Europeu para manter a realização de uma conferência intitulada "Os colonatos israelitas na Palestina e a União Europeia", depois de ter sido criticada por grupos israelitas e ter sido acusada de anti-semitismo. "Sei que é preciso coragem para enfrentar campanhas deste género. Mas não tenho medo de lóbis perversos", garantiu em declarações à Sábado.

 

A conferência realizou-se na terça-feira e nela participou Omar Barghouti, defensor dos direitos humanos e fundador do movimento BDS ( Boicote, Desinvestimento, Sanções) – campanha global que defende o boicote económico, académico, cultural e político ao estado de Israel. A sua presença foi o motivo de maior contestação por parte de vários grupos israelitas, incluindo o AJC Transatlantic Istitute, o gabinete europeu do Comité de Judeus Americanos (AJC, na sigla em inglês).

 

"É um grave ataque à dignidade do Parlamento Europeu, das comunidades judaicas na Europa e em todo mundo e – não por último – ao próprio processo de paz israelo-palestiniano que Ana Gomes dê ao líder do movimento extremista BDS uma plataforma [para discursar] no Parlamento Europeu", acusou o director do AJC europeu, Daniel Schwammenthal, em comunicado.

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