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Conselho Superior do MP com reservas sobre propostas para ocultar riqueza

O parecer deste órgão do Ministério Público indica que os projetos apresentados pelo PS, BE e PAN têm um efeito prático “reduzido”.

Os dez projetos sobre teletrabalho e sobre direito a desligar baixaram à comissão sem votação, para serem discutidas nos próximos meses.
Luís Manuel Neves
15 de Junho de 2021 às 08:28
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O parecer do Conselho Superior do Ministério Público (MP) sobre as propostas apresentadas por PS, BE, PAN, PCP e Chega sobre a penalização da ocultação intencional de riqueza dos altos quadros púbicos ou do enriquecimento ilícito menciona um "paliativo" para um "grave problema". A informação é avançada pelo jornal Público, na edição desta terça-feira. 


Este parecer foi pedido pela Assembleia da República. Ainda que tenham algumas diferenças entre si, os projetos do PS, BE, PAN, PEV CDS e PSD prevêem que os titulares de cargos políticos e altos cargos públicos tenham de declarar e justificar os acréscimos patrimoniais superiores a 50 salários mínimos até três anos após a cessação de funções. 


No parecer, que é assinado por Maria Raquel Almeida Fernandes, é considerado que o ponto mais polémico do projeto do BE é a tributação a 100% em sede de IRS dos acréscimos patrimoniais não justificados, considerando que se trata de um "confisco via fiscal dificilmente conciliável com a Constituição da República Portuguesa".


O órgão do MP sugere que a solução deveria antes basear-se no confisco do património ilicíto.

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