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"Vasta maioria" de membros da Fed vê corte de juros em setembro como "apropriado"

A revelação é feita nas atas da última reunião do banco central que decidiu manter os juros inalterados. O presidente Jerome Powell já tinha dito que o sentimento reinante na instituição é de que a economia está a chegar a "um ponto" em que será possível começar a reduzir a taxa de referência.

Kevin Mohatt / Reuters
21 de Agosto de 2024 às 19:09
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Uma grande maioria dos membros da Reserva Federal (Fed) norte-americana acreditava, quando se reuniu no final de julho, que se os dados continuarem em linha com o que é esperado será "apropriado" começar a cortar juros em setembro, revelam as atas da Fed, relativas a este encontro. 

"Uma vasta maioria observou que, se os dados continuarem em linha com o esperado, será, provavelmente apropriado flexibilizar a política [monetária] na próxima reunião", que decorre em setembro, pode ler-se nas atas divulgadas esta quarta-feira.

Este sentimento que se vive na sala de reuniões do  Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) já tinha sido revelado pelo presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, que afirmou que o "sentimento do Comité é de que a economia está a aproximar-se do ponto em que será apropriado reduzir a taxa de juro". 

Ainda assim, na altura, Powell salvaguardou que não tinha sido tomada qualquer decisão sobre os meses seguintes, incluindo setembro. 

No encontro, foi ainda discutido o atual estado da política monetária, sendo que "muitos participantes" do FOMC consideram que a política monetária "continua a ser restritiva, embora tenham expressado uma série de opiniões distintas sobre o nível de restritividade".

Entre este grupo, "alguns participantes" alertaram para o facto de a tendência desinflacionista atual conjugada com as taxas de juro diretoras inalteradas poder endurecer ainda mais a política monetária, o que pode ter impacto na economia.

Durante o encontro foi ainda sublinhado por "vários" membros que é preciso "acompanhar as condições nos mercados monetários e a procura por reservas, face ao atual contexto de redução do balanço" da Fed.

Em julho, a Fed decidiu pela 12.ª vez manter a taxa dos fundos federais inalterada num intervalo entre 5,25% e 5,5%, com o apoio de todos os membros do FOMC. 

No entanto, as atas revelam que vários membros observaram que face "aos recentes progressos da inflação e aos aumentos da taxa de desemprego, foi fornecido um argumento plausível", para deliberar uma redução em 25 pontos base da taxa dos fundos federais nesse mesmo encontro. 

(Notícia atualizada às 19:30 horas)

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