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Um dos principais "falcões" da Fed está de saída do banco central
O presidente da Reserva Federal norte-americana de St.Louis, James Bullard vai regressar à academia, ao fim de 15 anos ao serviço da autoridade monetária. Bullard chamou a atenção do mercado em 2010, quando apelou à Fed para que comprasse dívida, de forma a evitar a deflação, tendo voltar a estar sob os holofotes em 2021, quando foi dos primeiros membros do banco central a reconhecer que a inflação afinal não era "transitória".
O presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana de St.Louis, James Bullard, está de saída do banco central ao final de 15 anos de serviço.
O economista de 62 anos – conhecido por ser uma das vozes mais nítidas e ouvidas entre os "falcões" da Fed – vai tornar-se diretor da escola de gestão e economia da Purdue University.
O nome de Bullard ficou conhecido por ter sido dos primeiros membros do Comité de Mercado Aberto da Fed a criticar o discurso do banco central que em 2021 afirmava ainda que a inflação era "transitória" e a pedir aumentos da taxa dos fundos federais.
Mais tarde tornou-se o bastião da política monetária restritiva (e agressiva), tendo chegado a apelar a aumentos de juros diretores na ordem dos 75 pontos base.
Por outro lado, em 2010, Bullard foi autor do famoso "paper" intitulado "as sete caras do perigo", onde apelou à Fed para que comprasse "notes" do Tesouro para evitar a deflação.
Pouco tempo depois seguiu-se uma compra massiva de dívida pública por parte do banco central norte-americano.
Durante as próximas semanas, Bullard já não participará nas decisões de política monetária nem falará em público em nome da Fed, passando formalmente a ocupar o cargo de consultor, esclareceu a Fed de St.Louis em comunicado.