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Rússia segue "grandes" e corta juros para estimular a economia
O Banco da Rússia cortou a taxa de juro diretora do país de 7,50% para 7,25%, a segunda descida decretada em 2019. O crescimento económico lento e a baixa inflação explicam decisão.
A Rússia juntou-se ao movimento global assente na adoção de políticas monetárias de estímulo económico ao decretar, pela segunda vez em 2019, a taxa de juro diretora do país.
Esta sexta-feira, 26 de julho, o Banco da Rússia revelou ter baixado os juros de 7,50% para 7,25%, justificando esta decisão com a necessidade de resposta ao crescimento económico lento e ao abrandamento da inflação. O objetivo passa por ter uma taxa de juro situada entre 6% e 7%.
O banco central justifica o abrandamento da inflação com a fracas dinâmicas interna e externa, o que penaliza as exportações russas.
A autoridade monetária russa deixou ainda sinais de que poderá voltar a baixar os custos do dinheiro em breve, já numa das próximas reuniões do banco central.
A normalização para uma taxa de juro considerada neutral é apontada pela instituição para a primeira metade do próximo ano. O PIB russo cresceu 0,7% no primeiro semestre, uma evolução que ficou aquém das projeções dos analistas.
A conjuntura internacional de abrandamento da economia global, em especial provocado pela incerteza relativa à disputa comercial entre a China e os Estados Unidos e também quanto ao desfecho do Brexit, tem levado os bancos centrais a apostar em novas medidas de apoio ao crescimento.
A expectativa generalizada é de que, na reunião marcada para a próxima semana, a Reserva Federal decrete a primeira descida dos juros em 10 anos. E esta quinta-feira, o Banco Central Europeu preparou caminho para baixar os juros dos depósitos na área do euro já em setembro.