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Mersch acredita que a inflação na Zona Euro está a encaminhar-se para objectivo do BCE

Yves Mersch, membro do BCE, considera que estão reunidas as condições para que a inflação na área da união monetária regresse à estabilidade. Estas palavras podem indiciar que a autoridade monetária está a trabalhar no sentido de colocar um ponto final no programa de compra de activos até ao final do ano.

Yves Mersch: O antigo governador do banco central do Luxemburgo também auferiu 275,4 mil euros em 2015, tendo também um aumento semelhante ao dos outros colegas da Comissão Executiva do BCE. Mersch está em Frankfurt desde Dezembro de 2012.
Bloomberg
Ana Laranjeiro alaranjeiro@negocios.pt 20 de Março de 2018 às 08:35

Para o membro do Banco Central Europeu (BCE), Yves Mersch (na foto), estão reunidas as condições para que a inflação na Zona Euro volte a dar sinais de estabilidade. "A tendência dos salários e da inflação subjacente parece estar a recuperar", disse num discurso proferido esta segunda-feira, em Frankfurt, e citado pela Bloomberg. "Todas as pré-condições para um ajustamento sustentável da inflação em relação ao nosso objectivo estão no lugar" certo, disse.

Ontem, Yves Mersch disse ainda que: "a recuperação económica na área do euro desenvolveu-se melhor do que o esperado e o emprego melhorou significativamente". "Dadas as melhorias nas perspectivas para a inflação, podemos gradualmente reduzir as nossas compras líquidas enquanto mantemos uma política monetária suficientemente solta", acrescentou.

O objectivo do banco central é que a inflação na área do euro fique próxima mas abaixo dos 2%. Em Fevereiro, a inflação na Zona Euro desceu para 1,1%.

Estes comentários foram realizados por um dos membros do BCE com uma postura mais agressiva no que diz respeito à política monetária. Além disso, pode sinalizar que a autoridade monetária liderada por Mario Draghi estará a debater a longevidade do seu programa de compra de activos. Este programa vai manter-se activo até, pelo menos, Setembro, com a autoridade monetária a poder comprar até 30 mil milhões de euros em activos por mês.

Já este mês, Draghi disse que para terminar o programa de compra de dívida, a entidade deve constatar que a inflação está a subir de forma sustentada. Draghi afirmou numa conferência em Frankfurt que "há uma condição muito clara para o BCE terminar o programa de compras líquidas de activos", designadamente "um ajustamento sustentado no ritmo da inflação para o objectivo" do BCE. A política monetária do BCE dever ser calibrada para assegurar que a inflação continua a este ritmo, precisou Draghi na altura.

A 8 de Março, aquando do encontro do BCE, a instituição eliminou dos seus cenários a possibilidade de aumentar o programa de compra de activos. Uma decisão que levantou algumas dúvidas dos investidores, bem como dos jornalistas que estavam na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do BCE. Contudo, o presidente da autoridade garantiu que não houve qualquer mudança de política monetária.

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