Notícia
Merkel e Macron fazem a vénia a Mario Draghi na despedida
Na despedida, os dois principais líderes da Europa fizeram a vénia ao presidente do Banco Central Europeu (BCE) que abandona o cargo esta quinta-feira, 31 de outubro.
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, agradeceram esta segunda-feira, 28 de outubro, a Mario Draghi o seu trabalho enquanto presidente do Banco Central Europeu (BCE) durante os últimos oito anos. Num discurso cheio de elogios, o maior agradecimento visou a estabilidade do euro.
Numa cerimónia de despedida de Draghi na Eurotower (sede do BCE em Frankfurt), Merkel foi a primeira a discursar e, apesar das críticas de que o italiano tem sido alvo na Alemanha, a chanceler alemã não teve hesitações em agradecer o papel do banco central da Zona Euro na resolução da crise das dívidas soberanas.
"O Banco Central Europeu deu um contributo importante para a estabilidade do euro", afirmou Angela Merkel, assinalando que "os tempos não eram fáceis" quando Draghi entrou no BCE no final de 2011. Oito anos depois, "estamos muito longe dessa situação [...] ainda temos problemas, mas estamos muito mais fortes", afirmou Merkel.
A chanceler alemã elogiou Draghi pela capacidade de defender a independência do BCE - uma instituição que "os cidadãos europeus aprovam" -, por ter defendido o euro no palco internacional e por "estar ciente dos limites [do mandato]".
Tal como Merkel, também Emmanuel Macron recordou as três palavras "mágicas" - "Whatever it takes" [o que quer que seja necessário] - como uma das citações mais "significativas" do mandato de Draghi. "A sua ação foi decisiva para salvar a Europa de se afundar. A história irá lembrar-se dessa citação", disse o presidente francês.
"Se há muita gente aqui em FranKfurt não é para celebrar apenas um bom mandato. O que nos reúne aqui hoje vai além disso", argumentou Macron, assinalando que o legado de Draghi passa por ter mantido o "sonho europeu durante a crise financeira".
Emmanuel Macron elogiou a audácia do presidente do BCE principalmente por ter "ultrapassado os dogmas políticos" mesmo quando estava ser criticado. "Os Estados-membros têm de ter a mesma coragem", disse, referindo-se aos apelos que o BCE tem feito para que haja uma maior integração dentro da Zona Euro, nomeadamente ao nível da política orçamental, para que seja possível gerir o ciclo económico de forma mais eficaz.
Além de elogiar o conhecimento, a coragem e a humildade do italiano, Macron acrescentou uma quarta qualidade: a humanidade. "No mundo da finança e dos bancos centrais há um ambiente frio", Draghi conseguiu "estar sempre ciente do que é mais importante: a vida das pessoas".
Numa cerimónia de despedida de Draghi na Eurotower (sede do BCE em Frankfurt), Merkel foi a primeira a discursar e, apesar das críticas de que o italiano tem sido alvo na Alemanha, a chanceler alemã não teve hesitações em agradecer o papel do banco central da Zona Euro na resolução da crise das dívidas soberanas.
A chanceler alemã elogiou Draghi pela capacidade de defender a independência do BCE - uma instituição que "os cidadãos europeus aprovam" -, por ter defendido o euro no palco internacional e por "estar ciente dos limites [do mandato]".
Tal como Merkel, também Emmanuel Macron recordou as três palavras "mágicas" - "Whatever it takes" [o que quer que seja necessário] - como uma das citações mais "significativas" do mandato de Draghi. "A sua ação foi decisiva para salvar a Europa de se afundar. A história irá lembrar-se dessa citação", disse o presidente francês.
"Se há muita gente aqui em FranKfurt não é para celebrar apenas um bom mandato. O que nos reúne aqui hoje vai além disso", argumentou Macron, assinalando que o legado de Draghi passa por ter mantido o "sonho europeu durante a crise financeira".
Emmanuel Macron elogiou a audácia do presidente do BCE principalmente por ter "ultrapassado os dogmas políticos" mesmo quando estava ser criticado. "Os Estados-membros têm de ter a mesma coragem", disse, referindo-se aos apelos que o BCE tem feito para que haja uma maior integração dentro da Zona Euro, nomeadamente ao nível da política orçamental, para que seja possível gerir o ciclo económico de forma mais eficaz.
Além de elogiar o conhecimento, a coragem e a humildade do italiano, Macron acrescentou uma quarta qualidade: a humanidade. "No mundo da finança e dos bancos centrais há um ambiente frio", Draghi conseguiu "estar sempre ciente do que é mais importante: a vida das pessoas".