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Mercado aposta que corte de juros da Fed foi o primeiro de uma série global

O mercado acredita que a Reserva Federal vai voltar a descer a taxa de juro de referência neste mês de março.

04 de Março de 2020 às 15:30
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Os operadores não tiveram que esperar muito tempo por um corte dos juros nos Estados Unidos destinado a combater o impacto económico do coronavírus. Mas, agora, já querem mais.

 

As apostas em mais cortes das taxas de juro pela Reserva Federal até o fim do ano aumentaram depois do corte de emergência de 50 pontos base na terça-feira. Os contratos futuros apontam agora que os juros nos EUA devem cair outros 50 pontos base em 2020. E, do outro lado do Atlântico, as apostas em reduções dos juros pelo Banco da Inglaterra e Banco Central Europeu também aumentaram.

 

O corte de emergência do Fed veio logo após um comunicado coordenado dos ministros das Finanças do G-7, o qual não impressionou muito os investidores.

 

"Quem será o próximo?", perguntou Martin van Vliet, estratega de juros da Robeco Institutional Asset Management, em Amsterdão. "Os mercados agora tentam adivinhar qual é o banco central que vai dar o próximo passo."

 

A medida de emergência, que seguiu dias de especulação entre operadores sobre quando a Fed poderia agir, corre sempre o risco de não surtir efeito e aumentar expectativas para a reunião de 17 e 18 de março.

 

"A questão agora é se 50 pontos base isolados são suficientes para trazer o crescimento global de volta à tendência e se outras medidas de estímulo serão anunciadas na reunião para valer", disse Simon Harvey, estratega de câmbios da Monex Europe, em Londres.

 

Ainda assim, Gene Tannuzzo, gestor da Columbia Threadneedle, acredita que a Fed tinha pouca escolha caso quisesse evitar pressão por ações mais drásticas posteriormente, já que as expectativas de inflação continuam abaixo da meta do banco central dos EUA.

 

"A Fed acredita que zero é o limite inferior efetivo nos EUA e queria cortar o mais rápido possível, a fim de evitar a necessidade de cortar mais tarde", disse. "Infelizmente, isso não faz ninguém com o coronavírus sentir-se melhor."

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