Notícia
Membro do BCE admite que economia europeia "está de facto a estagnar"
Os comentários de Fabio Panetta revelam um tom mais cauteloso face às declarações "hawkish" de alguns dos membros do conselho do BCE, que têm levantado a possibilidade de subidas de juros a partir de julho.
05 de Maio de 2022 às 09:56
Fabio Panetta, membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu (BCE), admite que a expansão económica europeia está a desacelerar. Em entrevista ao jornal italiano La Stampa, o responsável antecipa "custos mais elevados" da escalada recorde da inflação.
A expansão do produto interno bruto (PIB) da zona euro "está de facto a estagnar", disse Fabio Panetta, ao La Stampa. "Isto torna mais complicadas as escolhas que o BCE tem de fazer já que um aperto monetário com vista a conter a inflação acabaria por penalizar o crescimento que já está fraco."
Os comentários revelam um tom mais cauteloso face às declarações "hawkish" de alguns dos membros do conselho do BCE, que têm levantado a possibilidade de a autoridade monetária liderada por Christine Lagarde começar, em julho, a subir os juros de referência, atualmente em mínimos históricos.
Fabio Panetta considera que seria "imprudente" agir antes de serem conhecidos os próximos dados do crescimento económico, sugerindo que poderá ser a favor de esperar antes de subir juros. A próxima reunião do BCE está marcada para 8 e 9 de junho e a seguinte para 20 e 21 de julho. No entanto, os dados oficiais do PIB da do segundo trimestre só serão divulgados a 29 de julho.
Questionado pelo jornal italiano sobre uma subida dos juros de referência do BCE, Fabio Panetta acrescentou que "não fará muita diferença se forem dois ou três meses mais cedo ou mais tarde". Contudo, nas circunstâncias atuais, "taxas de juro negativas [como é o caso dos juros dos depósitos] e compra líquida de dívida poderão já não ser necessários".
A expansão do produto interno bruto (PIB) da zona euro "está de facto a estagnar", disse Fabio Panetta, ao La Stampa. "Isto torna mais complicadas as escolhas que o BCE tem de fazer já que um aperto monetário com vista a conter a inflação acabaria por penalizar o crescimento que já está fraco."
Fabio Panetta considera que seria "imprudente" agir antes de serem conhecidos os próximos dados do crescimento económico, sugerindo que poderá ser a favor de esperar antes de subir juros. A próxima reunião do BCE está marcada para 8 e 9 de junho e a seguinte para 20 e 21 de julho. No entanto, os dados oficiais do PIB da do segundo trimestre só serão divulgados a 29 de julho.
Questionado pelo jornal italiano sobre uma subida dos juros de referência do BCE, Fabio Panetta acrescentou que "não fará muita diferença se forem dois ou três meses mais cedo ou mais tarde". Contudo, nas circunstâncias atuais, "taxas de juro negativas [como é o caso dos juros dos depósitos] e compra líquida de dívida poderão já não ser necessários".