Notícia
Lane: BCE vai continuar a dar uso à sua bazuca e a "comprar de forma flexível"
O economista e membro do conselho executivo do BCE garante que o banco irá continuar a "comprar flexibilidade" para garantir que as condições de financiamento na Zona Euro se mantêm favoráveis.
O Banco Central Europeu (BCE) vai manter-se atento às condições financeiras da Zona do Euro e continuar a usar os seus pacotes de estímulos monetários para evitar algum aperto inesperado nas condições de financiamento da região, sugerindo que não irá abrandar para já com o seu programa de compra de ativos, de acordo com Philip Lane, membro do conselho executivo do banco.
Num webinar organizado pela CMVM (Comissão de Mercado de Valores Mobiliários), o economista garante que o BCE irá continuar a ""comprar de forma flexível", de acordo com as condições do mercado", através dos seus apoios monetários. Acrescenta que o "objetivo" é o de "evitar uma maior rigidez das condições de financiamento que seja incompatível com o combate ao impacto da pandemia na trajetória projetada para a inflação".
"As compras realizadas através do PEPP (Programa de Compras de Emergência Pandémica) serão feitas de forma a preservar condições de financiamento favoráveis ao longo do período da pandemia", salienta.
Nas últimas semanas, os investidores têm sido levados pelo receio de que uma subida espontânea da inflação, tanto nos Estados Unidos como na Europa - motivada pela recuperação económica, planos orçamentais e vacinação -, pudesse levar a que os bancos centrais tirassem o pé do acelerador, algo que Lane sugere que não irá acontecer.
"O BCE está a monitorizar de perto a evolução das 'bond yields' a longo-prazo", adianta Lane, referindo que o banco tem estado atento à subida das taxas de juro de dívida soberana dos países da região nas últimas semanas.
Apesar de reiterar que o banco estaria disponível em manter os programas de compra de ativos a disparar, os juros da região agravaram as quedas após o discurso de Lane. A "yield" da Alemanha a dez anos está a valorizar 4,8 pontos base para os -0,259 e os juros de Portugal reforçaram máximos desde setembro do ano passado nos 0,328%.
Antes de Lane, já Isabel Schnabel, também membro do conselho executivo do banco, já tinha dito numa entrevista recente que o BCE "iria garantir que não haviam apertos injustificados das condições de financiamento".
Nos Estados Unidos, Jerome Powell, líder da Reserva Federal dos Estados Unidos, acalmou novamente os receios sobre a inflação, no segundo dia de testemunhar no Congresso norte-americano. O vice-presidente da Fed, Richard Clarida, garantiu que o banco central iria manter a velocidade de compras de ativos.
Num webinar organizado pela CMVM (Comissão de Mercado de Valores Mobiliários), o economista garante que o BCE irá continuar a ""comprar de forma flexível", de acordo com as condições do mercado", através dos seus apoios monetários. Acrescenta que o "objetivo" é o de "evitar uma maior rigidez das condições de financiamento que seja incompatível com o combate ao impacto da pandemia na trajetória projetada para a inflação".
Nas últimas semanas, os investidores têm sido levados pelo receio de que uma subida espontânea da inflação, tanto nos Estados Unidos como na Europa - motivada pela recuperação económica, planos orçamentais e vacinação -, pudesse levar a que os bancos centrais tirassem o pé do acelerador, algo que Lane sugere que não irá acontecer.
"O BCE está a monitorizar de perto a evolução das 'bond yields' a longo-prazo", adianta Lane, referindo que o banco tem estado atento à subida das taxas de juro de dívida soberana dos países da região nas últimas semanas.
Apesar de reiterar que o banco estaria disponível em manter os programas de compra de ativos a disparar, os juros da região agravaram as quedas após o discurso de Lane. A "yield" da Alemanha a dez anos está a valorizar 4,8 pontos base para os -0,259 e os juros de Portugal reforçaram máximos desde setembro do ano passado nos 0,328%.
Antes de Lane, já Isabel Schnabel, também membro do conselho executivo do banco, já tinha dito numa entrevista recente que o BCE "iria garantir que não haviam apertos injustificados das condições de financiamento".
Nos Estados Unidos, Jerome Powell, líder da Reserva Federal dos Estados Unidos, acalmou novamente os receios sobre a inflação, no segundo dia de testemunhar no Congresso norte-americano. O vice-presidente da Fed, Richard Clarida, garantiu que o banco central iria manter a velocidade de compras de ativos.