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Lagarde: "É ainda necessário um amplo grau de acomodação da política monetária". BCE revê em alta crescimento

A conferência de imprensa segue-se à reunião do BCE, em que o conselho manteve as taxas inalteradas e um ritmo elevado para o programa de compras pandémico.

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, defendeu que a subida    dos preços é apenas temporária e que não há motivos para alarme.
Kai Pfaffenbach/Reuters
10 de Junho de 2021 às 13:58
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Com base na análise, foi confirmado que "um amplo grau de acomodação monetária é necessário para apoiar a atividade económica e para robustecer a convergência dos níveis da inflação, que estão abaixo, mas perto, dos 2% a médio prazo", garantiu Christine Lagarde, presidente do BCE, justificando as decisões do banco central.

O BCE manteve as taxas e garantiu manter um ritmo elevado das compras do programa pandémico.

Na revisão económica, o BCE reviu em alta os níveis de inflação e de crescimento da economia para a Zona Euro para 2021 e 2022, mantendo inalterada a sua projeção para 2023.

A projeção da inflação para este ano passou de 1,5% para 1,9%. Projeta agora um crescimento para este ano na Zona Euro de 4,6%, face aos 4% anteriores. Também para 2022 reviu o crescimento em alta, para 4,7%, face aos anteriores 4,1%, mas, para já, mantém inalterada a projeção de 2,1% para 2023. Aliás, Lagarde antecipa uma forte recuperação da economia no segundo semestre, devido à procura interna, mas admite incerteza sobre o impacto do desconfinamento. Ainda assim, declarou, "os riscos para o crescimento da Zona Euro encontram-se agora equilibrados".

Apesar desta melhoria nas projeções, que reflete, segundo revelou Lagarde, em conferência de imprensa, que a pandemia vai ter um menor impacto económico devido à campanha de vacinação e aos estímulos orçamentais, o BCE optou por manter a política monetária inalterada, porque ainda vê riscos e aponta, também, para uma inflação abaixo da meta de 2%.  

É pois na inflação que Lagarde vai vendo sinais que não permitem desacelerar os programas, argumentando que a recente subida tem mais a ver com questões conjunturais e que vão desaparecer com o tempo, nomeadamente um constrangimento no fornecimento e a subida nos preços de energia. Aliás a subida dos preços será mais moderada no próximo ano. A projeção aponta para os 1,5%, face aos 1,9% deste ano. 

E é por isso também que deixa a garantia de que ainda é cedo para falar de saídas dos estímulos.



(notícia atualizada)

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