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Lagarde diz ser fundamental que o Fundo de Recuperação seja aprovado
A presidente do Banco Central Europeu diz que um entendimento entre os líderes dos países europeus, na cimeira europeia que começa amanhã, é fundamental. Lagarde adianta estar a contar com a aprovação do plano desenhado.
Numa conferência de imprensa após a reunião de política monetária de julho, Lagarde falou aos jornalistas num tom reticente, devido à incerteza económica que se antevê para os próximos meses. Sobre a cimeira dos próximos dias 17 e 18 de julho, a presidente da entidade europeia sublinhou a importância da aprovação do plano.
Lagarde falou ainda nos indicadores económicos mais recentes, que deram sinais de retoma ligeira em maio e junho, e que até poderão melhorar no terceiro trimestre, mas ainda muito longe dos níveis anteriores à atual pandemia. Assim sendo, os próximos tempos continuam incertos, devido à incapacidade de prever o impacto e a durabilidade da atual crise.
Estimou que a inflação comece a subir apenas no início do próximo ano, mas antes disso ainda vai cair para níveis inferiores nos próximos meses.
Nothing revolutionary so far from Lagarde.
Pragmatic yet, cautiously optimistic — Piet P.H. Christiansen (@pietphc) July 16, 2020
A highly uncertain outlook (speed and scale). Data bottomed in April. Ample stimulus still needed. Econ and survey results suggest econ act improved.
Broadly in line with June staff projections.
Apoios mantidos
Na reunião de política monetária de hoje, o BCE optou por não reforçar o seu Programa de Compra de Emergência Pandémica (PEPP), atualmente fixado nos 1,35 biliões de euros, indo ao encontro daquilo que estava a ser antecipado pelos mercados. Para além disso, manteve também as taxas de juro diretoras em mínimos históricos (-0,5%) e os apoios ao financiamento dos bancos da região.
Na conferência de imprensa, Lagarde diz que o BCE irá usar todo o montante inscrito no envelope do PEPP, "a menos que surjam surpresas significativas".
Em paralelo com o PEPP, o BCE continua com o seu programa base de compra de dívida no ativo (APP), iniciado no reinado de Mario Draghi. À luz deste "asset purchase programme" (APP, na sigla em inglês) o banco compromete-se a continuar a comprar 20 mil milhões de euros em ativos, de forma mensal.