Notícia
Lagarde alerta para risco do "aumento duplo" das margens e salários alimentar inflação
Presidente do BCE refere, em entrevista ao jornal francês La Provence, que a redução das margens para aumentar salários foi "o que normalmente aconteceu em episódios anteriores de elevada inflação". Porém, avisa que pode dar-se o caso de um "aumento duplo", nas margens e nos salários, que pode "alimentar os riscos de mais inflação".
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, alertou esta sexta-feira para o risco de uma subida simultânea das margens e dos salários vir a alimentar a inflação. Caso tal se venha a verificar, a líder do BCE diz que o banco central "não ficará de braços cruzados" para travar um aumento eventual da inflação.
O alerta foi feito pela presidente do BCE numa entrevista ao jornal francês La Provence. "No contexto atual, é importante saber se as empresas vão reduzir um pouco as margens para atender às expectativas de salários mais altos dos funcionários e restaurar parte do seu poder de compra", começa por referir Christine Lagarde.
Essa redução das margens para aumentar salários foi, segundo a presidente do BCE, "o que normalmente aconteceu em episódios anteriores de elevada inflação". Porém, avisa que pode dar-se o caso de haver um "aumento duplo – nas margens e nos salários", o que "alimentaria os riscos de mais inflação". "Não ficaríamos de braços cruzados diante de tais riscos", assevera.
Christine Lagarde reiterou que o recente período de inflação elevada "não foi acompanhado por uma redução das margens de lucro das empresas, que chegaram mesmo a aumentar em alguns casos, sobretudo quando a procura de bens e serviços superou a oferta". "Ao mesmo tempo, os salários também aumentaram mais do que o esperado", diz.
Segundo a estimativa rápida do Eurostat, a inflação na Zona Euro abrandou para 5,5% em junho. Este foi o segundo alívio consecutivo na taxa de inflação do euro, depois de uma ligeira inversão em abril. O abrandamento é explicado sobretudo pelo efeito base resultante do aumento de preços da energia e alimentos registado no ano passado.
A inflação subjacente, que exclui os produtos que estão mais sujeitos a variações de preços (energia e alimentos não transformados) e a que o BCE tem estado atento por permitir avaliar o nível de enraizamento da subida de preços na economia, voltou a abrandar. O Eurostat estima que, em junho, a subida inflação subjacente tenha travado ligeiramente de 6,9% em maio para 6,8% em junho, um ritmo mais lento do que a desaceleração do índice geral.
"A inflação ainda é superior à nossa meta de médio prazo de 2% e, de acordo com as projeções da nossa equipa, deve manter-se assim em 2024 e 2025. Portanto, ainda temos trabalho a fazer para reduzi-la e atingir a meta prevista", frisa a presidente da autoridade monetária europeia.
Christine Largarde refere ainda que o crescimento económico da Zona Euro "tem sido estável nos últimos dois trimestres, com crescimento muito ligeiramente negativo no quarto trimestre de 2022 (-0,1%) e um crescimento nulo no primeiro trimestre de 2023". "Estimamos que o crescimento da Zona Euro seja de cerca de 0,9% em 2023, mas devemos ver um retorno ao crescimento potencial no período 2024-25", indica.
O alerta foi feito pela presidente do BCE numa entrevista ao jornal francês La Provence. "No contexto atual, é importante saber se as empresas vão reduzir um pouco as margens para atender às expectativas de salários mais altos dos funcionários e restaurar parte do seu poder de compra", começa por referir Christine Lagarde.
Christine Lagarde reiterou que o recente período de inflação elevada "não foi acompanhado por uma redução das margens de lucro das empresas, que chegaram mesmo a aumentar em alguns casos, sobretudo quando a procura de bens e serviços superou a oferta". "Ao mesmo tempo, os salários também aumentaram mais do que o esperado", diz.
Segundo a estimativa rápida do Eurostat, a inflação na Zona Euro abrandou para 5,5% em junho. Este foi o segundo alívio consecutivo na taxa de inflação do euro, depois de uma ligeira inversão em abril. O abrandamento é explicado sobretudo pelo efeito base resultante do aumento de preços da energia e alimentos registado no ano passado.
A inflação subjacente, que exclui os produtos que estão mais sujeitos a variações de preços (energia e alimentos não transformados) e a que o BCE tem estado atento por permitir avaliar o nível de enraizamento da subida de preços na economia, voltou a abrandar. O Eurostat estima que, em junho, a subida inflação subjacente tenha travado ligeiramente de 6,9% em maio para 6,8% em junho, um ritmo mais lento do que a desaceleração do índice geral.
"A inflação ainda é superior à nossa meta de médio prazo de 2% e, de acordo com as projeções da nossa equipa, deve manter-se assim em 2024 e 2025. Portanto, ainda temos trabalho a fazer para reduzi-la e atingir a meta prevista", frisa a presidente da autoridade monetária europeia.
Christine Largarde refere ainda que o crescimento económico da Zona Euro "tem sido estável nos últimos dois trimestres, com crescimento muito ligeiramente negativo no quarto trimestre de 2022 (-0,1%) e um crescimento nulo no primeiro trimestre de 2023". "Estimamos que o crescimento da Zona Euro seja de cerca de 0,9% em 2023, mas devemos ver um retorno ao crescimento potencial no período 2024-25", indica.