Notícia
Jerome Powell diz-se "cauteloso" mas abre a porta a novas subidas de juros este ano
O presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, indicou que a autoridade irá proceder com cautela, mas ressalvou que, caso o crescimento económico e o mercado laboral se mantenham robustos, poderá ser necessário um novo aperto.
O presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, afirmou esta quinta-feira que a autoridade monetária vai proceder de forma "cautelosa", mas deixou a porta aberta a um novo aperto da política monetária caso o crescimento económico se mantenha e o mercado laboral continue a mostrar robustez. É o que se pode ler na transcrição do discurso de Powell publicado no site da Fed.
"Dadas as incertezas e os riscos e quão longe chegámos, o comité está a proceder de forma cautelosa", refere o responsável máximo da Fed.
"Vamos realizar decisões sobre a extensão de novos apertos da política monetária e sobre durante quanto tempo vamos permanecer em terreno restritivo, baseado totalmente nos dados que serão divulgados, na evolução das perspetivas económicas e o balanço de riscos", explicou Powell.
Deixando a porta aberta, o presidente da Fed indicou que está atento "a novos dados que mostrem resiliência no crescimento económico e a procura no mercado de trabalho".
"Provas adicionais de crescimento persistentemente acima da média, ou de que o aperto no mercado laboral não se está a reduzir, podem colocar o progresso relativamente à inflação em risco e gerar um novo aperto da política monetária", realça.
O presidente da Reserva Federal também referiu o endurecimento das condições financeiras através do agravamento das "yields" da dívida a longo-prazo dos Estados Unidos, afirmando que "mudanças persistentes nas condições financeiras podem ter implicações no curso da política monetária".
As declarações de Powell estão a ser entendidas pelos participantes do mercado como confirmando as expectativas de uma nova pausa na reunião do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC). Caso tal aconteça será a primeira vez em que há uma pausa em duas reuniões consecutivas em 19 meses.
Logo após a transcrição ter sido publicada os principais índices em Wall Street valorizaram, depois de terem estado em queda minutos antes.
Jerome Powell, que discursou esta quinta-feira no Economic Club of New York, teve de ser escoltado no início do discurso, após ativistas climáticos terem interrompido as primeiras declarações, mas acabou por retornar e discursar.
Na reunião de setembro os responsáveis da Fed deixaram as taxas de juro diretoras inalteradas, entre 5,25% e 5,5%, e 12 dos 19 decisores indicavam a necessidade de um novo aumento este ano.
"Dadas as incertezas e os riscos e quão longe chegámos, o comité está a proceder de forma cautelosa", refere o responsável máximo da Fed.
Deixando a porta aberta, o presidente da Fed indicou que está atento "a novos dados que mostrem resiliência no crescimento económico e a procura no mercado de trabalho".
"Provas adicionais de crescimento persistentemente acima da média, ou de que o aperto no mercado laboral não se está a reduzir, podem colocar o progresso relativamente à inflação em risco e gerar um novo aperto da política monetária", realça.
O presidente da Reserva Federal também referiu o endurecimento das condições financeiras através do agravamento das "yields" da dívida a longo-prazo dos Estados Unidos, afirmando que "mudanças persistentes nas condições financeiras podem ter implicações no curso da política monetária".
As declarações de Powell estão a ser entendidas pelos participantes do mercado como confirmando as expectativas de uma nova pausa na reunião do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC). Caso tal aconteça será a primeira vez em que há uma pausa em duas reuniões consecutivas em 19 meses.
Logo após a transcrição ter sido publicada os principais índices em Wall Street valorizaram, depois de terem estado em queda minutos antes.
Jerome Powell, que discursou esta quinta-feira no Economic Club of New York, teve de ser escoltado no início do discurso, após ativistas climáticos terem interrompido as primeiras declarações, mas acabou por retornar e discursar.
Na reunião de setembro os responsáveis da Fed deixaram as taxas de juro diretoras inalteradas, entre 5,25% e 5,5%, e 12 dos 19 decisores indicavam a necessidade de um novo aumento este ano.