Notícia
Palavras de Powell abalam Wall Street e aproximam "yield" de máximos de 2007
O presidente da Fed mostrou-se cauteloso, mas abriu a porta a novas subidas dos juros de referência, o que penalizou os mercados. A Netflix escalou 16%, a maior subida em quase três anos.
Os principais índices norte-americanos encerraram em terreno negativo esta quinta-feira, com os investidores focados nas palavras de Jerome Powell.
O mercado esteve também a avaliar os resultados da Tesla e da Netflix que foram divulgados ontem após o fecho da sessão, bem como os números dos pedidos de subsídio de desemprego referentes à semana passada.
O S&P 500, referência para a região, desceu 0,85% para 4.278,00 pontos, o industrial Dow Jones perdeu 0,75% para 33.414,17 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 0,96%, para 13.186,18 pontos. Os três índices caem há três sessões consecutivas.
O presidente da Reserva Federal norte-americana deixou a porta aberta a um novo aperto da política monetária caso o crescimento económico se mantenha e o mercado laboral continue a mostrar robustez.
"A falta de clareza está a causar uma redução na confiança", disse à Reuters Sam Stovall, diretor de estratégia de investimento da CFRA Research. "E não há muito que a Fed possa dizer e que mude ou clarifique as coisas", acrescentou.
"Os comentários de hoje de Powell indicam que é necessário fazer mais", referiu, estimando que a "Fed não vai cortar juros até ao início da segunda metade do próximo ano".
Face aos comentários de Powell, a "yield" da dívida norte-americana a 10 anos agravou-se até aos 4,996%, estando cada vez mais perto dos 5%, algo que não acontece desde 2007.
Os números de pedidos de subsídio de desemprego atingiram 198 mil na semana terminada a 13 de outubro, o que marca uma descida de 12 mil pedidos face à semana anterior. Os dados são também mais baixos do que a estimativa da Dow Jones e o menor valor desde janeiro, indicando que o mercado laboral ainda está robusto, o que poderá potenciar uma inflação persistente.
Entre os movimentos de mercado, a Netflix escalou 16,05% para 401,77 dólares, a maior subida diária em quase três anos. Isto depois de ter revelado que vai aumentar os preços de alguns pacotes nos Estados Unidos, Reino Unido e França. A empresa anunciou também uma subida de nove milhões no número de subscrições no terceiro trimestre, o que estará a animar o mercado.
Já a Tesla mergulhou 9,3% para 220,11 dólares - mínimos de um mês, após os resultados do terceiro trimestre terem ficado abaixo do esperado pelos analistas, mesmo com o anúncio de uma data para a entrega da primeira Cybertruck. Na apresentação de resultados, o CEO Elon Musk mostrou-se preocupado com o impacto da subida das taxas de juro na compra de novos veículos e afirmou que a fabricante estava hesitante relativamente aos planos para uma nova fábrica no México.
Os investidores continuam a seguir atentamente o desenvolvimento do conflito em Israel, num dia em que o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, visita o país, um dia após a deslocação de Joe Biden.
O mercado esteve também a avaliar os resultados da Tesla e da Netflix que foram divulgados ontem após o fecho da sessão, bem como os números dos pedidos de subsídio de desemprego referentes à semana passada.
O presidente da Reserva Federal norte-americana deixou a porta aberta a um novo aperto da política monetária caso o crescimento económico se mantenha e o mercado laboral continue a mostrar robustez.
"A falta de clareza está a causar uma redução na confiança", disse à Reuters Sam Stovall, diretor de estratégia de investimento da CFRA Research. "E não há muito que a Fed possa dizer e que mude ou clarifique as coisas", acrescentou.
"Os comentários de hoje de Powell indicam que é necessário fazer mais", referiu, estimando que a "Fed não vai cortar juros até ao início da segunda metade do próximo ano".
Face aos comentários de Powell, a "yield" da dívida norte-americana a 10 anos agravou-se até aos 4,996%, estando cada vez mais perto dos 5%, algo que não acontece desde 2007.
Os números de pedidos de subsídio de desemprego atingiram 198 mil na semana terminada a 13 de outubro, o que marca uma descida de 12 mil pedidos face à semana anterior. Os dados são também mais baixos do que a estimativa da Dow Jones e o menor valor desde janeiro, indicando que o mercado laboral ainda está robusto, o que poderá potenciar uma inflação persistente.
Entre os movimentos de mercado, a Netflix escalou 16,05% para 401,77 dólares, a maior subida diária em quase três anos. Isto depois de ter revelado que vai aumentar os preços de alguns pacotes nos Estados Unidos, Reino Unido e França. A empresa anunciou também uma subida de nove milhões no número de subscrições no terceiro trimestre, o que estará a animar o mercado.
Já a Tesla mergulhou 9,3% para 220,11 dólares - mínimos de um mês, após os resultados do terceiro trimestre terem ficado abaixo do esperado pelos analistas, mesmo com o anúncio de uma data para a entrega da primeira Cybertruck. Na apresentação de resultados, o CEO Elon Musk mostrou-se preocupado com o impacto da subida das taxas de juro na compra de novos veículos e afirmou que a fabricante estava hesitante relativamente aos planos para uma nova fábrica no México.
Os investidores continuam a seguir atentamente o desenvolvimento do conflito em Israel, num dia em que o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, visita o país, um dia após a deslocação de Joe Biden.