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Jamie Dimon: “Os problemas económicos não são passageiros”

Histórico banqueiro e líder do JP Morgan acredita que temos pela frente um furacão. “Enfrentamento problemas muito sérios”, afirma em entrevista ao El País.

Giulia Marchi
10 de Julho de 2022 às 13:16
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É um dos rostos da alta finança mundial e um dos poucos que sobreviveu às crises financeiras mundiais. Lidera o JP Morgan há 16 anos e reconhece que "os problemas económicos não são passageiros".

 

Em entrevista ao El País, Jamie Dimon mostra-se pouco otimista em relação ao período que atravessamos, lembrando que poucos deram valor ao aviso que tinha feito sobre as nuvens negras que se desenhavam no horizonte.

 

"Quando eu disse que havia nuvens escuras no horizonte, acho que as pessoas subestimaram meu aviso. Achavam que esses problemas económicos eram temporários, e esse não é o caso. As coisas podem ficar muito piores. Enfrentamos problemas gravíssimos, como inflação alta, principalmente nos preços de energia e alimentos, e aumentos nas taxas de juros", detalhou o banqueiro.

 

O presidente do JP Morgan também não exclui que os Estados Unidos possam entrar em recessão antes do final deste ano. "É uma possibilidade", reconhece o banqueiro, ainda que admita que "estamos prestes a chegar a um teto na inflação" e que, a partir daí, "os preços começarão a descer".

 

"Nos últimos anos injetámos os maiores estímulos monetários e orçamentais a que o mundo assistiu na sua história. É complexto adivinhar as consequências a curto prazo dessas políticas. O que parece estar mais claro é que a inflação não é transitória. Os salários estão a subir e os preços das casas também", afirma Dimon ao El País.

 

O líder do JP Morgan deixou também elogios à Reserva Federal, adiantando que "nestes dois últimos anos fez um grande trabalho" mas reconhecendo que a aterragem "será mais difícil".

 

Ainda assim, afirmou, sempre defendeu que "a política de juro zero é uma má ideia" porque "tem muitos efeitos prejudiciais".  

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