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Estímulos? Vários membros do BCE queriam mais

O corte na taxa de depósitos para -0,3% não foi consensual, pois alguns membros do BCE pediram uma actuação mais forte. Já a decisão da última reunião de apenas prolongar as compras de activos terá sido generalizada.

Bloomberg
14 de Janeiro de 2016 às 17:57
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O Banco Central Europeu (BCE) apresentou um conjunto de novos estímulos à economia da Zona Euro, após a reunião de 2 de 3 de Dezembro passado. Entre as novas medidas estão o prolongar das compras de activos até Março de 2017 e o corte na taxa de depósitos de -0,2% para -0,3%. Mas neste ponto houve discórdia. É que vários membros da instituição monetária queriam uma actuação mais agressiva.

"Alguns membros expressaram a preferência por um corte de 20 pontos base na taxa de depósitos", revelam os relatos da mais recente reunião de política monetária do BCE. O objectivo era "fortalecer o impacto expansionista desta medida e reflectir a perspectiva de que, até à data, não emergiu qualquer efeito negativo nas margens dos bancos e na estabilidade financeira".

Este argumento foi a resposta a um outro apresentado no encontro que reúne os governadores dos bancos centrais nacionais da Zona Euro e os membros do comité do BCE. "Ir além do corte proposto de 10 pontos base [para -0,3%], na perspectiva de alguns membros, levantaria problemas acerca do aumento dos efeitos colaterais ao longo do tempo", revela ainda o documento divulgado esta quinta-feira.

Tendo em conta a experiência existente noutros países, embora mais pequenos, os membros do conselho de política monetária argumentaram que a medida poderia afectar "a rendibilidade de bancos e outras instituições financeiras". O risco, apontaram, é que estes poderiam "tentar compensar as perdas através de um aumento das margens de crédito concedido, levando a uma restrição das condições financeiras, em vez de uma expansão".

Mas houve também sugestões no sentido de prolongar as compras de activos, além de Março de 2017, e aumentar o montante utilizado mensalmente, agora de 60 mil milhões de euros. "Contudo, houve a concordância geral de que essas medidas não seriam aconselhadas nesta conjuntura, apesar de uma reavaliação poder ser feita no futuro", revelam as minutas. Já o anúncio de que os reembolsos das obrigações detidas pelo BCE serão reinvestidos foi considerado "um importante elemento de orientação futura".

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