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Economistas antecipam mais estímulos do BCE em Julho ou Setembro

A maioria dos economistas consultados pela Bloomberg prevê que o presidente do BCE, Mario Draghi, estenderá o programa mensal de compra de activos, de 80 mil milhões de euros, para além de Março de 2017.

Reuters
04 de Julho de 2016 às 12:59
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À decisão dos britânicos de abandonar a União Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) vai responder com mais estímulos à economia da Zona Euro. A convicção é de um grupo de economistas consultados pela Bloomberg que, na sua maioria, acredita que as novas medidas de estímulo serão anunciadas em Julho ou Setembro.  

 

Mais de 80% dos economistas ouvidos pela agência noticiosa consideram que a autoridade monetária do euro terá de agir através de mais estímulos à economia, uma subida face aos 67% que antecipava um reforço no inquérito levado a cabo no final de Maio, antes do referendo que deu vitória ao Brexit.

Entre aqueles que esperam uma actuação do banco central, 90% antecipa que as medidas serão anunciadas em Julho ou em Setembro. Um número semelhante de especialistas prevê que o presidente do BCE, Mario Draghi, irá estender o programa mensal de compra de activos, de 80 mil milhões de euros, para além de Março de 2017. 30% acreditam que o próprio montante será aumentado.

As medidas serão uma resposta da autoridade monetária à surpresa que constituiu o resultado do referendo no Reino Unido, que provocou uma forte turbulência nos mercados financeiros e que deverá ter impacto no PIB da região da moeda única.

Segundo os economistas inquiridos pela Bloomberg, a decisão dos eleitores britânicos de sair da UE vai retirar 0,1 pontos percentuais ao crescimento da economia da Zona Euro este ano e 0,3% em 2017. Já em 2018 o crescimento do PIB da Zona Euro será 0,15 pontos percentuais inferior devido ao Brexit.

Se aplicadas às estimativas do BCE, as previsões dos economistas significam uma perda de 66 mil milhões de euros em três anos.

As contas dos economistas vão ao encontro do previsto pelo próprio Draghi que, num documento apresentado no Conselho Europeu, estimou que o Brexit custará 0,5% do PIB da Zona Euro no espaço de três anos. 


A autoridade monetária espera que a região da moeda única cresça 1,6% em 2016 e 1,7% em 2017. As estimativas são anteriores ao Brexit e serão actualizadas em Setembro.

Na semana passada, o governador do Banco de Inglaterra anunciou a adopção, durante o Verão, de mais medidas de estímulo para travar os efeitos negativos do Brexit na economia britânica. A autoridade monetária que gere a libra e é liderada por Mark Carney deve anunciar corte de juros a 4 de Agosto.

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