Notícia
"É bastante provável" que BCE suba taxas de juro já este ano, defende "falcão" da Letónia
O governador letão, Martinš Kazaks, acredita que o BCE deverá subir as taxas de juro até ao final de 2022 e que o programa de compra de ativos termine já no terceiro trimestre, no entanto, apela à necessidade de "equilíbrio" na economia e à necessidade de uma política monetária gradual.
"É bastante provável" que o Banco Central Europeu (BCE) suba as taxas de juro já este ano, face ao galopar da inflação da zona euro, defendeu o governador do banco central da Letónia e membro do conselho liderado por Christine Lagarde, Martinš Kazaks, citado pela Bloomberg.
O governador letão admite "que tudo dependerá dos dados que tivermos [no futuro], mas é bastante provável que aconteça [a subida das taxas de juro] este ano. Kazaks alertou ainda para a necessidade o BCE ter de "equilibrar o barco" à medida que adota uma política monetária falcão, de forma a não desencadear uma recessão a longo prazo.
Um a um, vários membros do conselho do BCE, como o alemão Joachim Nagel e o holandès Klaas Knot, que pertencem à chamada "ala falcão", já defenderam publicamente a necessidade de uma subida antecipada das taxas de juro este ano e uma política monetária mais restrita.
No início deste mês, Christine Lagarde garantiu que o BCE estava atento à inflação, mas recordou que a adoção de uma política monetária demasiado restritiva antes de tempo poderia "prejudicar a recuperação europeia".
Questionado pelos jornalistas, se concordava com esta afirmação da sua presidente, Kazaks respondeu positivamente, mas apenas no sentido em que os juros não devem subir de forma demasiado acelerada para o mercado: "se as taxas de juro subirem demasiado rápido, este gesto irá influenciar a forma irá decorrer a recuperação". "É preciso equilibrar o barco", sublinhou o economista letão.
Para o governador, a política monetária deve "ser conduzida suavemente, para que os mercados entendam o que estamos a fazer". No entanto, Kazaks faz questão de sublinhar, que mesmo a uma velocidade mais moderada, o BCE "não deve hesitar" as taxas de juro, se tal for necessário para combater a inflação.
Esta posição segue a linha de Isabel Schnabel, membro do conselho executivo do BCE, que defendeu esta semana "que o risco de agir tarde de mais aumentou". Por outro lado e de forma a combater a "ala falcão" do BCE, o governador francês pediu esta semana paciência, avançando que o programa de compra de ativos pode terminar já no terceiro trimestre, rejeitando, porém, a necessidade de subir as taxas de juro.
Confrontado com esta posição, Kazaks concordou com o homólogo francês no que diz respeito ao programa de compra de ativos e frisou aliás, que esta será a única matéria que poderá ser definida na reunião do conselho agendada para 10 de março.
"Não devemos esperar que depois da reunião de março, haja uma mudança completa da política monetária, para além das diretrizes sobre o programa de compra de ativos", explicou o líder do banco central da Letónia.
O governador letão admite "que tudo dependerá dos dados que tivermos [no futuro], mas é bastante provável que aconteça [a subida das taxas de juro] este ano. Kazaks alertou ainda para a necessidade o BCE ter de "equilibrar o barco" à medida que adota uma política monetária falcão, de forma a não desencadear uma recessão a longo prazo.
No início deste mês, Christine Lagarde garantiu que o BCE estava atento à inflação, mas recordou que a adoção de uma política monetária demasiado restritiva antes de tempo poderia "prejudicar a recuperação europeia".
Questionado pelos jornalistas, se concordava com esta afirmação da sua presidente, Kazaks respondeu positivamente, mas apenas no sentido em que os juros não devem subir de forma demasiado acelerada para o mercado: "se as taxas de juro subirem demasiado rápido, este gesto irá influenciar a forma irá decorrer a recuperação". "É preciso equilibrar o barco", sublinhou o economista letão.
Para o governador, a política monetária deve "ser conduzida suavemente, para que os mercados entendam o que estamos a fazer". No entanto, Kazaks faz questão de sublinhar, que mesmo a uma velocidade mais moderada, o BCE "não deve hesitar" as taxas de juro, se tal for necessário para combater a inflação.
Esta posição segue a linha de Isabel Schnabel, membro do conselho executivo do BCE, que defendeu esta semana "que o risco de agir tarde de mais aumentou". Por outro lado e de forma a combater a "ala falcão" do BCE, o governador francês pediu esta semana paciência, avançando que o programa de compra de ativos pode terminar já no terceiro trimestre, rejeitando, porém, a necessidade de subir as taxas de juro.
Confrontado com esta posição, Kazaks concordou com o homólogo francês no que diz respeito ao programa de compra de ativos e frisou aliás, que esta será a única matéria que poderá ser definida na reunião do conselho agendada para 10 de março.
"Não devemos esperar que depois da reunião de março, haja uma mudança completa da política monetária, para além das diretrizes sobre o programa de compra de ativos", explicou o líder do banco central da Letónia.