Notícia
Presidente do BCE promete "medidas no momento certo" para assegurar descida da inflação
"Continuamos empenhados em cumprir o nosso mandato de estabilidade de preços, como temos feito ao longo dos últimos 20 anos. O nosso objetivo é uma taxa de inflação de 2% a médio prazo e, para o conseguirmos, adotaremos as medidas certas no momento certo", afirmou Christine Lagarde.
14 de Fevereiro de 2022 às 18:47
A presidente do Banco Central Europeu (BCE) prometeu hoje "medidas certas no momento certo" para garantir uma estabilidade dos preços na zona euro, quando a inflação atinge máximos e surgem críticas sobre inalteração das taxas de juro.
"Continuamos empenhados em cumprir o nosso mandato de estabilidade de preços, como temos feito ao longo dos últimos 20 anos. O nosso objetivo é uma taxa de inflação de 2% a médio prazo e, para o conseguirmos, adotaremos as medidas certas no momento certo", afirmou Christine Lagarde.
Intervindo na sessão plenária do Parlamento Europeu num debate sobre o relatório anual do BCE de 2021, na cidade francesa de Estrasburgo, a responsável apontou que "a inflação subiu acentuadamente nos últimos meses e surpreendeu ainda mais em janeiro", devendo agora "manter-se elevada a curto prazo", principalmente 'puxada' pelos preços energéticos.
"A nossa orientação para o futuro tem várias dimensões" e "uma subida das taxas [de juro] não ocorrerá antes do fim das nossas compras de ativos", insistiu Christine Lagarde, ressalvando existirem "três condições para que o Conselho do BCE se sinta suficientemente confiante" com tal medida.
Essas condições "destinam-se a constituir salvaguardas contra um aumento prematuro das taxas de juro", apontou, falando em "ajustamentos graduais".
No início deste mês, o BCE anunciou que decidiu deixar as taxas de juro inalteradas, em mínimos históricos, com a principal taxa de refinanciamento em zero e a taxa aplicada aos depósitos em -0,50%.
Ainda assim, a presidente do BCE disse não excluir completamente uma subida das taxas de juro em 2022.
Depois de Christine Lagarde e outros dirigentes do BCE terem vindo a considerar muito improvável que este ano estivessem reunidas as condições para avançar com tal medida, a responsável admitiu que "a situação mudou".
Também no início do mês, a instituição monetária confirmou que termina no final de março o seu programa de compra de dívida de emergência devido à pandemia (PEPP).
O banco central decidiu em dezembro comprar dívida com um outro programa que já existia antes, conhecido como APP, uma vez concluídas as compras de emergência devido à pandemia, mas a um ritmo mais lento do que com o PEPP.
O BCE tem como principal mandato a estabilidade dos preços, pelo que definiu, em 2021, uma nova estratégia que contempla um objetivo de inflação de 2% a médio prazo.
A contribuir para a elevada inflação, que atingiu um recorde de 5,1% em janeiro deste ano, estão os custos energéticos e os problemas nas cadeias de abastecimento globais, por questões como a situação geopolítica mundial, numa altura em que a tensão entre a Rússia e a Ucrânia se intensifica e causa novas perturbações no fornecimento de gás russo à Europa.
"Continuamos empenhados em cumprir o nosso mandato de estabilidade de preços, como temos feito ao longo dos últimos 20 anos. O nosso objetivo é uma taxa de inflação de 2% a médio prazo e, para o conseguirmos, adotaremos as medidas certas no momento certo", afirmou Christine Lagarde.
"A nossa orientação para o futuro tem várias dimensões" e "uma subida das taxas [de juro] não ocorrerá antes do fim das nossas compras de ativos", insistiu Christine Lagarde, ressalvando existirem "três condições para que o Conselho do BCE se sinta suficientemente confiante" com tal medida.
Essas condições "destinam-se a constituir salvaguardas contra um aumento prematuro das taxas de juro", apontou, falando em "ajustamentos graduais".
No início deste mês, o BCE anunciou que decidiu deixar as taxas de juro inalteradas, em mínimos históricos, com a principal taxa de refinanciamento em zero e a taxa aplicada aos depósitos em -0,50%.
Ainda assim, a presidente do BCE disse não excluir completamente uma subida das taxas de juro em 2022.
Depois de Christine Lagarde e outros dirigentes do BCE terem vindo a considerar muito improvável que este ano estivessem reunidas as condições para avançar com tal medida, a responsável admitiu que "a situação mudou".
Também no início do mês, a instituição monetária confirmou que termina no final de março o seu programa de compra de dívida de emergência devido à pandemia (PEPP).
O banco central decidiu em dezembro comprar dívida com um outro programa que já existia antes, conhecido como APP, uma vez concluídas as compras de emergência devido à pandemia, mas a um ritmo mais lento do que com o PEPP.
O BCE tem como principal mandato a estabilidade dos preços, pelo que definiu, em 2021, uma nova estratégia que contempla um objetivo de inflação de 2% a médio prazo.
A contribuir para a elevada inflação, que atingiu um recorde de 5,1% em janeiro deste ano, estão os custos energéticos e os problemas nas cadeias de abastecimento globais, por questões como a situação geopolítica mundial, numa altura em que a tensão entre a Rússia e a Ucrânia se intensifica e causa novas perturbações no fornecimento de gás russo à Europa.