Notícia
De Guindos diz que BCE tem de expandir kit de ferramentas, mas afasta cenário de recessão
Para o vice-presidente do BCE o risco de recessão na Zona Euro é "muito baixo", mas o banco central deverá expandir o seu kit de ferramentas para ganhar margem de manobra.
Não há uma recessão à porta, mas o Banco Central Europeu (BCE) deve expandir o seu kit de ferramentas para ter margem de manobra. A opinião é do vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, que defende assim a revisão da política monetária e dos seus instrumentos promovida por Christine Lagarde.
"O kit de ferramentas precisará de ser mais amplo", disse De Guindos, citado pela Reuters, esta quinta-feira, 14 de novembro, numa conferência organizada pelo BNP Paribas, em Londres. O argumento é que só com mais instrumentos é que a política monetária continuará eficaz, afastando-se das medidas "convencionais" que foram aplicadas durante décadas.
O banco central da Zona Euro está neste momento a iniciar o processo de revisão do kit de ferramentas e da estratégia de política monetária. A iniciativa veio da recém-chegada Christine Lagarde, que se tornou presidente do BCE há duas semanas.
Os responsáveis do banco central têm assegurado que ainda há "munições" nos instrumentos da política monetária, mas são visíveis as limitações das atuais ferramentas, nomeadamente do programa de compra de ativos de 20 mil milhões de euros por mês que deverá chegar em breve aos limites impostos pelo próprio BCE.
Apesar da necessidade de alargar o kit de ferramentas para manter a eficácia do BCE no futuro, Luis de Guindos considera que o risco de recessão na Zona Euro é "muito baixo". Ainda assim, o vice-presidente do BCE admitiu que a economia vai ter um crescimento abaixo do potencial durante algum tempo.
Os dados divulgados hoje até dão motivos para sorrir face às expectativas. A Alemanha cresceu no terceiro trimestre, ao contrário do que era antecipado pelos analistas, e escapou à recessão técnica. Esse crescimento da maior economia do euro permitiu ao PIB da Zona Euro manter o ritmo de crescimento no terceiro trimestre.
A evolução da economia do euro continuará a ser monitorizada pelo BCE de perto, garantiu De Guindos, insistindo que terá de haver um maior esforço orçamental por parte dos países da Zona Euro que têm margem de manobra.
Quanto à emergência climática, uma das prioridades definidas por Lagarde, De Guindos revelou que o BCE está a considerar usar critérios relacionados com o clima nos testes de stress dos bancos europeus. "Os bancos centrais têm de prestar mais atenção às alterações climáticas", afirmou, ressalvando no entanto que não poderão ser o player principal nessa área.
"O kit de ferramentas precisará de ser mais amplo", disse De Guindos, citado pela Reuters, esta quinta-feira, 14 de novembro, numa conferência organizada pelo BNP Paribas, em Londres. O argumento é que só com mais instrumentos é que a política monetária continuará eficaz, afastando-se das medidas "convencionais" que foram aplicadas durante décadas.
Os responsáveis do banco central têm assegurado que ainda há "munições" nos instrumentos da política monetária, mas são visíveis as limitações das atuais ferramentas, nomeadamente do programa de compra de ativos de 20 mil milhões de euros por mês que deverá chegar em breve aos limites impostos pelo próprio BCE.
Apesar da necessidade de alargar o kit de ferramentas para manter a eficácia do BCE no futuro, Luis de Guindos considera que o risco de recessão na Zona Euro é "muito baixo". Ainda assim, o vice-presidente do BCE admitiu que a economia vai ter um crescimento abaixo do potencial durante algum tempo.
Os dados divulgados hoje até dão motivos para sorrir face às expectativas. A Alemanha cresceu no terceiro trimestre, ao contrário do que era antecipado pelos analistas, e escapou à recessão técnica. Esse crescimento da maior economia do euro permitiu ao PIB da Zona Euro manter o ritmo de crescimento no terceiro trimestre.
A evolução da economia do euro continuará a ser monitorizada pelo BCE de perto, garantiu De Guindos, insistindo que terá de haver um maior esforço orçamental por parte dos países da Zona Euro que têm margem de manobra.
Quanto à emergência climática, uma das prioridades definidas por Lagarde, De Guindos revelou que o BCE está a considerar usar critérios relacionados com o clima nos testes de stress dos bancos europeus. "Os bancos centrais têm de prestar mais atenção às alterações climáticas", afirmou, ressalvando no entanto que não poderão ser o player principal nessa área.