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Bundesbank: BCE deve ser flexível, mas tem de manter limites de compra de dívida

O presidente do banco central alemão, Jens Weidmann, voltou a frisar que a instituição europeia não deve abdicar dos limites impostos na compra de dívida de cada país da região.

Bloomberg
22 de Junho de 2020 às 18:46
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O presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, disse que o atual Programa de Compras de Emergência Pandémica (PEPP) desenhado pelo Banco Central Europeu (BCE) tem de ser flexível, mas não pode abdicar dos limites estipulados na hora de comprar dívida dos países da região. 

"O desenho do PEPP permite uma certa flexibilidade na compra de bens soberanos para estabilizar os mercados, caso seja necessário", começou por dizer Weidmann, acrescentando que, contudo, "flexibilidade não deveria significar sem limites". 

Numa entrevista citada pelo jornal espanhol Expansión, o governador do banco central da Alemanha adiantou que "é importante que a política monetária não gere incentivos errados para as finanças públicas. Nesse sentido, a chave de capital do BCE constitui uma referência útil para os ativos do PEPP".

De acordo com os dados divulgados pelo BCE, as compras de ativos à luz do PEPP tiveram um desvio da chave de capital, 
que representa a distribuição dos pesos de cada banco central nacional na subscrição do capital do BCE, uma vez que o impacto da atual pandemia está a fazer mais mossa nuns países do que noutros.


Itália foi o maior beneficiário desta alteração, com a instituição a comprar mais 4,7% do que o suposto. Por oposição, o BCE comprou menos 6,8% de dívida francesa do que o fixado pela chave de capital. 

"Estou de acordo com Christine Lagarde quando diz que não há limites para o nosso compromisso com o euro. É precisamente para retificar o nosso compromisso ilimitado com o euro que temos de estar atentos aos limites do nosso mandato e falar constantemente sobre os nossos meios e os nossos fins", concluiu Weidmann. 

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