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Bundesbank: BCE deve ser flexível, mas tem de manter limites de compra de dívida
O presidente do banco central alemão, Jens Weidmann, voltou a frisar que a instituição europeia não deve abdicar dos limites impostos na compra de dívida de cada país da região.
"O desenho do PEPP permite uma certa flexibilidade na compra de bens soberanos para estabilizar os mercados, caso seja necessário", começou por dizer Weidmann, acrescentando que, contudo, "flexibilidade não deveria significar sem limites".
De acordo com os dados divulgados pelo BCE, as compras de ativos à luz do PEPP tiveram um desvio da chave de capital, que representa a distribuição dos pesos de cada banco central nacional na subscrição do capital do BCE, uma vez que o impacto da atual pandemia está a fazer mais mossa nuns países do que noutros.
Itália foi o maior beneficiário desta alteração, com a instituição a comprar mais 4,7% do que o suposto. Por oposição, o BCE comprou menos 6,8% de dívida francesa do que o fixado pela chave de capital.
"Estou de acordo com Christine Lagarde quando diz que não há limites para o nosso compromisso com o euro. É precisamente para retificar o nosso compromisso ilimitado com o euro que temos de estar atentos aos limites do nosso mandato e falar constantemente sobre os nossos meios e os nossos fins", concluiu Weidmann.