Notícia
Brasil faz maior corte de juros em cinco anos
A decisão de acelerar o corte dos juros foi pautada pelas previsões de que a retoma do crescimento da economia brasileira será mais lenta do que era esperado e porque a inflação continua a cair no país.
11 de Janeiro de 2017 às 22:49
O Comité de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil reduziu esta quarta-feira, 11 de Janeiro, a taxa básica de juros do país (Selic) de 13,75% para 13% ao ano, o corte mais acentuado em quase cinco anos.
Em um comunicado divulgado à imprensa, o Copom informou que avaliou a alternativa de reduzir a taxa básica de juros para 13,25% e sinalizar uma intensidade maior de queda para a próxima reunião, mas optou por fazer um corte acentuado agora porque o cenário já está favorável.
"Perante um ambiente com expectativas de inflação ancoradas, o comité entende que o actual cenário, com um processo de desinflação mais disseminado e actividade económica aquém do esperado, já torna apropriada a antecipação do ciclo de distensão da política monetária, permitindo o estabelecimento do novo ritmo de flexibilização", justificou.
A decisão de acelerar o corte dos juros foi pautada pelas previsões de que a retoma do crescimento da economia brasileira será mais lenta do que era esperado e porque a inflação continua a cair no país.
"O conjunto dos indicadores sugere actividade económica aquém do esperado. A evidência disponível sinaliza que a retoma da actividade económica deve ser ainda mais demorada e gradual do que a antecipada previamente. A inflação recente continuou mais favorável que o esperado. Há evidências de que o processo de desinflação mais difundida tenha atingido também componentes mais sensíveis à política monetária e ao ciclo económico", referiu aquele órgão.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou hoje que a inflação oficial no Brasil, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Amplo (IPCA), fechou o ano de 2016 em 6,29%.
O resultado cumpriu o sistema de metas que vigora no país, cujo objetivo central era de 4,5%, mas com uma tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos (2,5% e 6,5%, respectivamente).
A inflação é uma das maiores preocupações do Governo brasileiro, já que afeta diretamente a população e o consumo, muito prejudicados pela crise económica que vigora no país há pelo menos dois anos.
A redução da inflação tem impacto directo no dinamismo da economia, porque este indicador é usado para orientar a política de juros.
O Copom citou as previsões do mercado financeiro sobre a alta de preços para os ciclos seguintes, cujas "expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus recuaram para cerca de 4,8% em 2017 e mantiveram-se ancoradas em redor dos 4,5% para 2018 e horizontes mais distantes".
No final de sua avaliação, o órgão do Governo brasileiro que decide a política monetária ressalvou que ainda existem alguns riscos para a manutenção desta política económica, tendo em vista que o cenário externo continua imprevisível e pode dificultar o processo de desinflação.
Nesta linha, o Copom concluiu que "a extensão do ciclo e possíveis revisões no ritmo de flexibilização [dos juros] continuarão a depender das projecções e expectativas de inflação e da evolução dos fatores de risco".
Em um comunicado divulgado à imprensa, o Copom informou que avaliou a alternativa de reduzir a taxa básica de juros para 13,25% e sinalizar uma intensidade maior de queda para a próxima reunião, mas optou por fazer um corte acentuado agora porque o cenário já está favorável.
A decisão de acelerar o corte dos juros foi pautada pelas previsões de que a retoma do crescimento da economia brasileira será mais lenta do que era esperado e porque a inflação continua a cair no país.
"O conjunto dos indicadores sugere actividade económica aquém do esperado. A evidência disponível sinaliza que a retoma da actividade económica deve ser ainda mais demorada e gradual do que a antecipada previamente. A inflação recente continuou mais favorável que o esperado. Há evidências de que o processo de desinflação mais difundida tenha atingido também componentes mais sensíveis à política monetária e ao ciclo económico", referiu aquele órgão.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou hoje que a inflação oficial no Brasil, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Amplo (IPCA), fechou o ano de 2016 em 6,29%.
O resultado cumpriu o sistema de metas que vigora no país, cujo objetivo central era de 4,5%, mas com uma tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos (2,5% e 6,5%, respectivamente).
A inflação é uma das maiores preocupações do Governo brasileiro, já que afeta diretamente a população e o consumo, muito prejudicados pela crise económica que vigora no país há pelo menos dois anos.
A redução da inflação tem impacto directo no dinamismo da economia, porque este indicador é usado para orientar a política de juros.
O Copom citou as previsões do mercado financeiro sobre a alta de preços para os ciclos seguintes, cujas "expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus recuaram para cerca de 4,8% em 2017 e mantiveram-se ancoradas em redor dos 4,5% para 2018 e horizontes mais distantes".
No final de sua avaliação, o órgão do Governo brasileiro que decide a política monetária ressalvou que ainda existem alguns riscos para a manutenção desta política económica, tendo em vista que o cenário externo continua imprevisível e pode dificultar o processo de desinflação.
Nesta linha, o Copom concluiu que "a extensão do ciclo e possíveis revisões no ritmo de flexibilização [dos juros] continuarão a depender das projecções e expectativas de inflação e da evolução dos fatores de risco".