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BCE espera mais crescimento e inflação este ano na Zona Euro
A autoridade monetária liderada por Mario Draghi reviu em alta as projecções para a inflação este ano, antecipando agora um crescimento de 0,2% nos preços. O PIB crescerá mais duas décimas do que o previsto.
A economia da Zona Euro vai crescer 1,6% este ano e a inflação situar-se-á nos 0,2%, de acordo com as novas previsões do Banco Central Europeu (BCE), divulgadas esta quinta-feira, 2 de Junho. Estes valores representam uma revisão em alta, que com Mario Draghi a explicar a oscilação nos preços com o petróleo. Mas só na segunda metade do ano a inflação sairá de "território" negativo.
A última vez que o BCE reviu em alta a projecção para a inflação em 2016 foi em Março de 2015. Então, a equipa do banco central subia a previsão de 1,5% para 1,9%, um valor bem diferente da realidade que agora se verifica. É que as mais recentes projecções macroeconómicas da instituição liderada por Mario Draghi apontam para uma inflação de 0,2% este ano, ainda assim acima dos 0,1% estimados em Março passado.
"A previsão para o índice harmonizado de preços do consumidor foi revisto ligeiramente em alta para 2016", explicou Mario Draghi, na conferência de imprensa desta quinta-feira. O responsável do BCE explicou que esta subida "reflecte, principalmente, os mais elevados preços da energia e dos serviços". De facto, o pressuposto da instituição para o preço do petróleo este ano passou de 34,9 dólares por barril para 43,4 dólares.
Actualmente em -0,1%, a inflação na Zona Euro deverá continuar negativa. "As taxas de inflação deverão continuar muito baixas, ou negativas, nos próximos meses, recuperando na segunda metade de 2016", disse o responsável italiano. Uma evolução que irá dever-se "ao efeito base da oscilação da taxa anual dos preços energéticos".
Mas também as perspectiva para o crescimento foram revistas em alta. Se o BCE antecipava em Março um crescimento de 1,4% da economia da Zona Euro, a previsão agora é de 1,6%. Mario Draghi alertou, no entanto, que "os riscos para a perspectiva de crescimento da Zona Euro continuam a pender negativamente, mas o equilíbrio melhorou graças às medidas adoptadas de política monetária". E conclui que "os riscos negativos continuam a estar relacionados com os desenvolvimentos na economia mundial, com o referendo britânico e outros riscos geopolíticos".
(Notícia actualizada às 16:02, com mais informação)