Notícia
BCE mantém programa de compras nos 750 mil milhões, mas facilita operações aos bancos
Na noite de 18 de março, o BCE disparou a bazuca e anunciou o lançamento de um novo programa de compra de ativos públicos e privados. Agora espera-se que Christine Lagarde encoraje os Governos a gastar o que for preciso.
O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) manteve inalterada a dimensão do programa de compra de ativos criado especificamente para reagir à pandemia, nos 750 mil milhões de euros. Porém, tomou medidas para facilitar o acesso dos bancos a financiamento. A decisão foi anunciada esta quinta-feira, em comunicado.
Alguns analistas admitiam a possibilidade de o BCE anunciar já um alargamento do novo programa de compras, mas outros esperavam que essa medida se mantivesse guardada para junho, quando for mais percetível o nível de emissões de dívida que os Estados terão de fazer para apoiar as economias. Na reunião de hoje, os banqueiros centrais decidiram manter o montante inalterado.
Ainda assim, o BCE tomou outras medidas de apoio. Desde logo, facilitou as operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas III (na sigla inglesa, TLTRO III), baixando a taxa de juro aplicável para -50 pontos, face à média verificada nas principais operações de refinanciamento, durante o mesmo período. Na reunião de março esta taxa de juro tinha ficado em -25 pontos.
Além disso, para os bancos que atingem o limite de empréstimos a que podem aceder, a taxa aplicada passa também para -50 pontos abaixo da média aplicada à facilidade de depósitos.
Estas medidas pretendem facilitar o acesso ao financiamento por parte dos bancos, para que estes possam depois conceder crédito com maior facilidade também à economia. Na reunião de março, o BCE frisou a importância destas operações para fazer chegar financiamento e liquidez às pequenas e médias empresas mais afetadas pelas medidas de reação à pandemia.
Outra medida de apoio decidida hoje foi a criação de uma nova série de operações de prazo alargado de refinanciamento de emergência. O objetivo aqui é dar a segurança de que há liquidez disponível, é um backstop para o caso de as condições de acesso aos mercados se começarem a degradar. O programa consiste em sete operações – a primeira será lançada já em maio – com maturidade entre julho e setembro de 2021. A taxa de juro será 25 pontos base abaixo da média das operações de refinanciamento verificadas no mesmo período.
Programa de compra de ativos inalterado
Em meados de março, o BCE decidiu lançar um novo programa de compra de ativos, especificamente por causa da pandemia, num total de 750 mil milhões de euros. Este programa permite a compra de títulos de empresas e soberanos e tem como objetivo evitar uma subida dos juros exigidos pelos investidores para financiar as economias. Com ele, o poder de fogo da instituição liderada por Christine Lagarde atinge 1,1 biliões de euros.
O BCE reforça que "está totalmente preparado para aumentar a dimensão do PEPP [a sigla inglesa para o programa criado para reagir à pandemia] e ajustar a sua composição, em tanto e por quanto tempo seja necessário". Repete também que "está pronto para ajustar todos os seus instrumentos, conforme seja apropriado, para garantir que a taxa de inflação evolui de forma sustentada em direção ao objetivo".
Tal como esperado, a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito continuam inalteradas em 0,00%, 0,25% e -0,50%, respetivamente. Neste capítulo, as orientações do BCE não mudaram uma vírgula, com o conselho a assegurar que se vão manter "nos níveis atuais ou em níveis inferiores" até que a inflação comece a aproximar-se do patamar de 2%, incluindo a dinâmica subjacente.
Christine Lagarde explicará as decisões do Conselho do BCE, numa conferência de imprensa, marcada para esta tarde. Os dados sobre a evolução do PIB na zona euro revelados hoje vieram colocar mais pressão sobre o conselho do BCE: a estimativa rápida do Eurostat aponta para uma quebra de 3,8% do PIB no primeiro trimestre, quando comparado com o quarto de 2019, a maior descida desde que há registos.
(Notícia atualizada às 13:38)
Alguns analistas admitiam a possibilidade de o BCE anunciar já um alargamento do novo programa de compras, mas outros esperavam que essa medida se mantivesse guardada para junho, quando for mais percetível o nível de emissões de dívida que os Estados terão de fazer para apoiar as economias. Na reunião de hoje, os banqueiros centrais decidiram manter o montante inalterado.
Além disso, para os bancos que atingem o limite de empréstimos a que podem aceder, a taxa aplicada passa também para -50 pontos abaixo da média aplicada à facilidade de depósitos.
Estas medidas pretendem facilitar o acesso ao financiamento por parte dos bancos, para que estes possam depois conceder crédito com maior facilidade também à economia. Na reunião de março, o BCE frisou a importância destas operações para fazer chegar financiamento e liquidez às pequenas e médias empresas mais afetadas pelas medidas de reação à pandemia.
Outra medida de apoio decidida hoje foi a criação de uma nova série de operações de prazo alargado de refinanciamento de emergência. O objetivo aqui é dar a segurança de que há liquidez disponível, é um backstop para o caso de as condições de acesso aos mercados se começarem a degradar. O programa consiste em sete operações – a primeira será lançada já em maio – com maturidade entre julho e setembro de 2021. A taxa de juro será 25 pontos base abaixo da média das operações de refinanciamento verificadas no mesmo período.
Programa de compra de ativos inalterado
Em meados de março, o BCE decidiu lançar um novo programa de compra de ativos, especificamente por causa da pandemia, num total de 750 mil milhões de euros. Este programa permite a compra de títulos de empresas e soberanos e tem como objetivo evitar uma subida dos juros exigidos pelos investidores para financiar as economias. Com ele, o poder de fogo da instituição liderada por Christine Lagarde atinge 1,1 biliões de euros.
O BCE reforça que "está totalmente preparado para aumentar a dimensão do PEPP [a sigla inglesa para o programa criado para reagir à pandemia] e ajustar a sua composição, em tanto e por quanto tempo seja necessário". Repete também que "está pronto para ajustar todos os seus instrumentos, conforme seja apropriado, para garantir que a taxa de inflação evolui de forma sustentada em direção ao objetivo".
Tal como esperado, a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito continuam inalteradas em 0,00%, 0,25% e -0,50%, respetivamente. Neste capítulo, as orientações do BCE não mudaram uma vírgula, com o conselho a assegurar que se vão manter "nos níveis atuais ou em níveis inferiores" até que a inflação comece a aproximar-se do patamar de 2%, incluindo a dinâmica subjacente.
Christine Lagarde explicará as decisões do Conselho do BCE, numa conferência de imprensa, marcada para esta tarde. Os dados sobre a evolução do PIB na zona euro revelados hoje vieram colocar mais pressão sobre o conselho do BCE: a estimativa rápida do Eurostat aponta para uma quebra de 3,8% do PIB no primeiro trimestre, quando comparado com o quarto de 2019, a maior descida desde que há registos.
(Notícia atualizada às 13:38)