Notícia
Economia da Zona Euro pode demorar três anos a recuperar, alerta BCE
O economista-chefe do Banco Central Europeu alerta que a economia da Zona Euro apenas deverá recuperar totalmente do choque severo da pandemia em 2023, isto caso o PIB recue 12% este ano.
01 de Maio de 2020 às 15:52
Philip Lane, economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), avisa que a economia da Zona Euro poderá demorar, no pior cenário, pelo menos três anos a recuperar totalmente do "choque severo" provocado pela pandemia de covid-19.
O alerta foi feito numa publicação realizada esta sexta-feira no blogue do BCE, citado pelo Financial Times. De acordo com o responsável, no cenário severo desenhado pelo banco central - que estima um recuo do produto interno bruto (PIB) da Zona Euro de 12%, este ano - a economia não irá regressar aos níveis registados no final do ano passado antes de 2023.
A recuperação demorará o mesmo tempo no cenário médio do BCE, que prevê uma contração do PIB de 8%, este ano. Apenas no cenário mais ligeiro - que estima um recuo do PIB de 5% - é que a economia iria conseguir recuperar totalmente até meados do próximo ano, refere o jornal, citando um gráfico divulgado pelo banco central.
"A dimensão e a duração do choque macroeconómico provocado pela pandemia dependem da duração das medidas [que pararam parcialmente a economia], o seu impacto nos setores e a velocidade a que a atividade económica normaliza", escreve o economista-chefe do BCE, esta sexta-feira.
A economia da Zona Euro encolheu 3,8% nos primeiros três meses do ano, de acordo com os números publicado na quinta-feira. A maioria dos economista espera uma queda muito mais acentuada em abril e junho, já que as medidas para controlar a propagação do vírus, e que acabaram por parar a economia, apenas foram adotadas em março.
Foi na quinta-feira que o Conselho do BCE decidiu manter a dimensão do programa de compra de ativos criado especificamente para reagir à pandemia, de 750 mil milhões de euros. Alguns analistas admitiam a possibilidade de o banco anunciar já um alargamento do novo programa de compras.
Esta sexta-feira, Philip Lane veio esclarecer este ponto, indicando que o BCE está preparado para aumentar a dimensão e duração deste mesmo programa. O economista-chefe do banco central disse que vão "examinar continuamente" todas as medidas para garantirem que são suficientes. E garantiu: "Vamos ajustar os nossos instrumentos, caso seja necessário. Isto inclui aumentar a dimensão do programa [de 750 milhões de euros] e ajustar sua composição tanto quanto necessário e pelo tempo que for necessário".
O alerta foi feito numa publicação realizada esta sexta-feira no blogue do BCE, citado pelo Financial Times. De acordo com o responsável, no cenário severo desenhado pelo banco central - que estima um recuo do produto interno bruto (PIB) da Zona Euro de 12%, este ano - a economia não irá regressar aos níveis registados no final do ano passado antes de 2023.
A recuperação demorará o mesmo tempo no cenário médio do BCE, que prevê uma contração do PIB de 8%, este ano. Apenas no cenário mais ligeiro - que estima um recuo do PIB de 5% - é que a economia iria conseguir recuperar totalmente até meados do próximo ano, refere o jornal, citando um gráfico divulgado pelo banco central.
A economia da Zona Euro encolheu 3,8% nos primeiros três meses do ano, de acordo com os números publicado na quinta-feira. A maioria dos economista espera uma queda muito mais acentuada em abril e junho, já que as medidas para controlar a propagação do vírus, e que acabaram por parar a economia, apenas foram adotadas em março.
Foi na quinta-feira que o Conselho do BCE decidiu manter a dimensão do programa de compra de ativos criado especificamente para reagir à pandemia, de 750 mil milhões de euros. Alguns analistas admitiam a possibilidade de o banco anunciar já um alargamento do novo programa de compras.
Esta sexta-feira, Philip Lane veio esclarecer este ponto, indicando que o BCE está preparado para aumentar a dimensão e duração deste mesmo programa. O economista-chefe do banco central disse que vão "examinar continuamente" todas as medidas para garantirem que são suficientes. E garantiu: "Vamos ajustar os nossos instrumentos, caso seja necessário. Isto inclui aumentar a dimensão do programa [de 750 milhões de euros] e ajustar sua composição tanto quanto necessário e pelo tempo que for necessário".