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Banco de Inglaterra mais “cauteloso” mantém taxa de juro em 0,5%

Ao contrário da decisão da Reserva Federal dos EUA em Dezembro, o banco central britânico mantém a taxa de referência em mínimos históricos. É que a inflação teima em manter-se baixa e, numa altura em que o "Brexit" está à porta, o crescimento dá sinais de abrandamento.

Bloomberg
14 de Abril de 2016 às 13:13
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O Comité de Política Monetária do Banco de Inglaterra concluiu esta quinta-feira, 14 de Abril, a sua reunião mensal. Um encontro no qual os responsáveis decidiram unanimemente manter a taxa de referência em 0,5%, o actual mínimo histórico. Isto numa altura em que a instituição liderada por Mark Carney (na foto) diz que será cautelosa na análise da economia, uma vez que o cenário de "Brexit" estará a travar o crescimento.

"O índice de preços no consumidor aumentou em Março para 0,5% em termos homólogos, mas continua bem abaixo do objectivo de 2% para a inflação", aponta o Banco de Inglaterra, num comunicado divulgado esta quinta-feira. Este é o "calcanhar de Aquiles" da economia britânica, apesar de a instituição monetária prever que a meta para a subida dos preços será alcançada nos próximos dois anos.

Mais preocupante, agora, é o referendo para a saída do Reino Unido da União Europeia, que irá realizar-se em Junho. As minutas da reunião revelam que "há alguns sinais de que a incerteza relacionada com o referendo começou a pesar em algumas áreas de actividade, uma vez que várias decisões, incluindo de investimento em activos e de transacções de imobiliário comercial, estão a ser adiadas".

Por isso, o banco central antevê que "isto deverá levar a um abrandamento do crescimento no primeiro semestre". Mas alerta para os riscos mais severos de um adeus à União Europeia. "Deverá resultar num período prolongado de incerteza em torno das perspectivas económicas, incluindo das previsões para o crescimento das exportações", sublinham os responsáveis do Banco de Inglaterra.

"Um voto para sair poderá ter implicações significativas no preço dos activos, em particular da taxa de câmbio", acrescenta ainda a instituição monetária. Ainda assim, conclui, "qualquer que seja o resultado, o Comité usará as suas ferramentas para atingir o objectivo da inflação".

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