Notícia
Angola reduz taxa de juro de referência em 0,5 pontos, para 19,5%
Além do ambiente económico em Angola, a decisão também teve em conta "o contexto externo e riscos inerentes, dada a exposição da economia angolana ao setor petrolífero e ao peso dos bens alimentares importados no cabaz de oferta ao mercado interno".
26 de Setembro de 2022 às 19:43
O banco central de Angola decidiu esta segunda-feira reduzir a taxa de juro de referência, de 20% para 19,5%, argumentando com o abrandamento da inflação e a valorização da moeda nacional, o kwanza.
"Considerando a consistência do abrandamento da evolução de preços na economia nacional, particularmente desde o início do ano em curso, como resultado do contínuo e rigoroso controlo da liquidez, da apreciação do kwanza em relação às principais moedas utilizadas nas transações com o exterior e do aumento da oferta de bens essenciais de amplo consumo, o Banco Nacional de Angola [BNA] entende estarem reunidas condições para a redução da taxa de juro diretora", anunciou o regulador financeiro, no final da reunião do comité de política monetária.
Na reunião, os banqueiros decidiram "reduzir a Taxa Básica de Juro de 20% para 19,5%, reduzir a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez de 23% para 21% e manter inalterada a taxa de Juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez em 15%".
Além do ambiente económico em Angola, a decisão também teve em conta "o contexto externo e riscos inerentes, dada a exposição da economia angolana ao setor petrolífero e ao peso dos bens alimentares importados no cabaz de oferta ao mercado interno", lê-se ainda no comunicado divulgado.
Até agosto, o saldo das trocas comerciais com o estrangeiro foi muito positivo, acrescenta o regulador financeiro: "A conta de bens registou um saldo superavitário de 23,3 mil milhões de dólares norte-americanos em termos acumulados até agosto de 2022, um aumento de 78,5% comparativamente a igual período de 2021, este desempenho positivo reflete o aumento do valor das exportações em 67,8% que excedeu o crescimento de 49,2% observado nas importações".
Para este valor da subida das receitas com as exportações contribuiu decisivamente o preço elevado do petróleo, não só face aos custos de produção, mas também face ao orçamentado no final do ano passado para 2022 e em comparação com o preço do petróleo em comparação com o ano passado.
"No setor real, os dados sobre o emprego e o clima de confiança dos gestores e empresários, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes ao segundo trimestre de 2022, evidenciam a consolidação do crescimento da atividade económica", disse o Banco Nacional de Angola.
O regulador apontou que "o desemprego reduziu pelo terceiro trimestre consecutivo, atingindo uma taxa de 30,2%, abaixo da registada no mesmo período do ano transato que foi de 31,6%, ao passo que a confiança dos gestores e empresários do setor não financeiro relativamente à evolução da economia nacional no curto prazo se mostrou otimista".
Em agosto, referiu o BNA, a inflação continuou a desacelerar, chegando a 19,8%, abaixo dos 21,4% do mês anterior e baixando ainda mais face ao período homólogo, quando registava 26,1%.
"O Comité de Política Monetária mantém a perspetiva de a taxa de inflação no final do ano em curso situar-se abaixo da previsão inicial de 18%, caminhando para o objetivo de um dígito no médio prazo", concluiu.
"Considerando a consistência do abrandamento da evolução de preços na economia nacional, particularmente desde o início do ano em curso, como resultado do contínuo e rigoroso controlo da liquidez, da apreciação do kwanza em relação às principais moedas utilizadas nas transações com o exterior e do aumento da oferta de bens essenciais de amplo consumo, o Banco Nacional de Angola [BNA] entende estarem reunidas condições para a redução da taxa de juro diretora", anunciou o regulador financeiro, no final da reunião do comité de política monetária.
Além do ambiente económico em Angola, a decisão também teve em conta "o contexto externo e riscos inerentes, dada a exposição da economia angolana ao setor petrolífero e ao peso dos bens alimentares importados no cabaz de oferta ao mercado interno", lê-se ainda no comunicado divulgado.
Até agosto, o saldo das trocas comerciais com o estrangeiro foi muito positivo, acrescenta o regulador financeiro: "A conta de bens registou um saldo superavitário de 23,3 mil milhões de dólares norte-americanos em termos acumulados até agosto de 2022, um aumento de 78,5% comparativamente a igual período de 2021, este desempenho positivo reflete o aumento do valor das exportações em 67,8% que excedeu o crescimento de 49,2% observado nas importações".
Para este valor da subida das receitas com as exportações contribuiu decisivamente o preço elevado do petróleo, não só face aos custos de produção, mas também face ao orçamentado no final do ano passado para 2022 e em comparação com o preço do petróleo em comparação com o ano passado.
"No setor real, os dados sobre o emprego e o clima de confiança dos gestores e empresários, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes ao segundo trimestre de 2022, evidenciam a consolidação do crescimento da atividade económica", disse o Banco Nacional de Angola.
O regulador apontou que "o desemprego reduziu pelo terceiro trimestre consecutivo, atingindo uma taxa de 30,2%, abaixo da registada no mesmo período do ano transato que foi de 31,6%, ao passo que a confiança dos gestores e empresários do setor não financeiro relativamente à evolução da economia nacional no curto prazo se mostrou otimista".
Em agosto, referiu o BNA, a inflação continuou a desacelerar, chegando a 19,8%, abaixo dos 21,4% do mês anterior e baixando ainda mais face ao período homólogo, quando registava 26,1%.
"O Comité de Política Monetária mantém a perspetiva de a taxa de inflação no final do ano em curso situar-se abaixo da previsão inicial de 18%, caminhando para o objetivo de um dígito no médio prazo", concluiu.