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"Ainda é cedo para fazer uma pausa" na subida dos juros na Zona Euro, defende líder do Bundesbank

O líder do Bundesbank sublinha que o Banco Central Europeu ainda está dependente dos dados para firmar uma decisão na reunião em setembro, mas salientou que, na sua ótica, ainda é cedo para fazer uma pausa na subida dos juros. Olhando para o fim do ciclo, Nagel acredita que ainda é possível o BCE conseguir uma "aterragem suave".

25 de Agosto de 2023 às 10:12
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Joachim Nagel, presidente do Deutsche Bundesbank, acredita que "ainda é cedo" para fazer uma pausa no ciclo de subida das taxas de juro diretoras na Zona Euro.

Em entrevista à Bloomberg, durante o simpósio Jackson Hole da Reserva Federal (Fed) norte-americana nos EUA, o líder do banco central alemão explicou que para si "é muito cedo para pensar numa pausa", tendo sublinhado que o Banco Central Europeu (BCE) ainda está dependente dos dados para firmar uma decisão na reunião em setembro.

"Não podemos esquecer que a inflação ainda está em torno de 5% e [este número] é muito elevado. Portanto há um caminho a fazer", acrescentou Joachim Nagel.

Por outro lado, há que ainda ter em conta a resiliência económica. Embora a atividade económica esteja a abrandar, o líder do Bundesbank salientou que a inflação subjacente continua persistente e o mercado de trabalho está "realmente, muito bom".

Na última reunião do BCE em julho, a autoridade monetária voltou a subir os juros diretores pela nona vez. Desde há um ano, o banco central já aumentou as taxas de juro em 425 pontos base.

Pensando no fim do ciclo de subida dos juros, Nagel "ainda estou bastante otimista de que teremos uma aterragem suave", rematou o membro do conselho do BCE.

Olhando para a economia alemã, no mesmo dia em que foi divulgado que o PIB estagnou no segundo trimestre, Nagel recordou que ouve "falar muito da Alemanha, o homem doente da Europa", mas que "definitivamente não é este o caso".

As declarações de Nagel surgem um dia depois de Mário Centeno, governador do Banco de Portugal e membro do conselho do BCE ter frisado que a autoridade monetária tem de ser "cautelosa" e que ainda é "cedo" para declarar vitória sobre a inflação. 

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