Notícia
Xi Jinping com passadeira vermelha no Reino Unido
O presidente da China inicia esta segunda-feira, 19 de Outubro, uma visita oficial ao Reino Unido, onde lhe vai ser estendido a passadeira vermelha e até fica no Palácio de Buckingham. Segundo a Lusa, Pequim encara esta visita como o começo de uma "era dourada".
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19 de Outubro de 2015 às 20:25
O Presidente da China, Xi Jinping, inicia esta segunda-feira, 19 de Outubro, uma visita oficial ao Reino Unido, numa viagem encarada em Pequim como o começo de uma "era dourada" nas relações com um dos principais aliados dos Estados Unidos.
A visita ocorre após o país europeu se ter tornado a primeira nação ocidental a solicitar a adesão ao Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), uma instituição financeira internacional proposta pela China.
A decisão, que levou Washington a manifestar publicamente o seu desagrado, acabou por ser replicada por mais de vinte países fora da Ásia, da Austrália à Alemanha, incluindo Portugal.
"De certa forma, esta visita de Estado é um gesto de agradecimento ao Reino Unido por ter feito a escolha certa", disse Gao Zhikai à agência Lusa em Pequim.
O BAII é visto como uma reacção do Governo chinês ao que considera o domínio norte-americano e europeu em instituições globais como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.
"A China entendeu que afinal Londres não é um fantoche dos EUA, mas que pode decidir por si", explicou Gao.
Para o analista "se o Reino Unido dialoga de igual para igual com a China e beneficia dessa relação, os Estados Unidos irão eventualmente seguir o mesmo caminho".
Antigo intérprete de Deng Xiaoping, formado em língua inglesa e com um mestrado em Ciências Políticas na Universidade de Yale, Gao Zhikai, 53 anos, é um dos mais conhecidos comentadores da televisão chinesa.
Esta trata-se também de uma das raras visitas à Europa de um chefe de Estado chinês, tendo como destino um único país - da última vez que se deslocou ao 'velho continente', Xi visitou a Bélgica, Alemanha, França e Holanda.
Apesar da tensão e aberta animosidade registadas na década de 1990 acerca de Hong Kong - e da histórica "humilhação" causada pela sempre lembrada Guerra do Ópio - o Reino Unido é hoje o principal destino do investimento chinês na Europa.
É também "o aliado mais próximo dos EUA".
No mês passado, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e o ministro da Economia britânico, George Osborne, assinaram 53 acordos, em Pequim, prevendo a utilização da "City" londrina como ponte para a internacionalização da moeda chinesa, o yuan.
O ministro inglês anunciou ainda um plano para interligar as bolsas de valores de Xangai, a principal praça financeira da China, e a de Londres.
"O Reino Unido precisa de continuar a inovar o seu sector financeiro. Esse julgo que é o motivo que leva Londres a promover tão activamente as relações com a China", afirmou Gao Zhikai.
Na calha estão também projectos de grande envergadura, como a construção de uma central nuclear, a primeira desenhada e operada pela China em solo ocidental, e linhas ferroviárias de alta velocidade.
No primeiro semestre do ano, o número de turistas chineses a visitar o país europeu atingiu um recorde de 90.000, um crescimento homólogo de 28%, segundo dados oficiais.
"A relação com a China é muito positiva para a economia britânica", realçou Gao, acrescentando que "Xi Jinping deverá anunciar grandes investimentos esta semana".
A visita ocorre após o país europeu se ter tornado a primeira nação ocidental a solicitar a adesão ao Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), uma instituição financeira internacional proposta pela China.
"De certa forma, esta visita de Estado é um gesto de agradecimento ao Reino Unido por ter feito a escolha certa", disse Gao Zhikai à agência Lusa em Pequim.
O BAII é visto como uma reacção do Governo chinês ao que considera o domínio norte-americano e europeu em instituições globais como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.
"A China entendeu que afinal Londres não é um fantoche dos EUA, mas que pode decidir por si", explicou Gao.
Para o analista "se o Reino Unido dialoga de igual para igual com a China e beneficia dessa relação, os Estados Unidos irão eventualmente seguir o mesmo caminho".
Antigo intérprete de Deng Xiaoping, formado em língua inglesa e com um mestrado em Ciências Políticas na Universidade de Yale, Gao Zhikai, 53 anos, é um dos mais conhecidos comentadores da televisão chinesa.
Esta trata-se também de uma das raras visitas à Europa de um chefe de Estado chinês, tendo como destino um único país - da última vez que se deslocou ao 'velho continente', Xi visitou a Bélgica, Alemanha, França e Holanda.
Apesar da tensão e aberta animosidade registadas na década de 1990 acerca de Hong Kong - e da histórica "humilhação" causada pela sempre lembrada Guerra do Ópio - o Reino Unido é hoje o principal destino do investimento chinês na Europa.
É também "o aliado mais próximo dos EUA".
No mês passado, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e o ministro da Economia britânico, George Osborne, assinaram 53 acordos, em Pequim, prevendo a utilização da "City" londrina como ponte para a internacionalização da moeda chinesa, o yuan.
O ministro inglês anunciou ainda um plano para interligar as bolsas de valores de Xangai, a principal praça financeira da China, e a de Londres.
"O Reino Unido precisa de continuar a inovar o seu sector financeiro. Esse julgo que é o motivo que leva Londres a promover tão activamente as relações com a China", afirmou Gao Zhikai.
Na calha estão também projectos de grande envergadura, como a construção de uma central nuclear, a primeira desenhada e operada pela China em solo ocidental, e linhas ferroviárias de alta velocidade.
No primeiro semestre do ano, o número de turistas chineses a visitar o país europeu atingiu um recorde de 90.000, um crescimento homólogo de 28%, segundo dados oficiais.
"A relação com a China é muito positiva para a economia britânica", realçou Gao, acrescentando que "Xi Jinping deverá anunciar grandes investimentos esta semana".