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Trump pede ao Japão para comprar alimentos aos EUA

O presidente norte-americano terá pedido diretamente ao primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, para aumentar as importações de bens alimentares produzidos nos Estados Unidos.

Reuters
13 de Agosto de 2019 às 13:06
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Donald Trump pediu ao Japão para comprar um "grande montante" de bens alimentares produzidos em território norte-americano, de acordo com a agência de notícias Kyodo, citada pela Reuters. A notícia foi divulgada esta terça-feira, 13 de agosto, e cita fontes não identificadas da administração norte-americana e japonesa.

O presidente norte-americano terá pedido ao primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, para impulsionar de forma significativa as importações de produtos específicos como a soja e o trigo. Este pedido está separado das negociações comerciais que decorrem atualmente entre Washington e Tóquio.

O Japão e os Estados Unidos firmaram como objetivo ter um acordo bilateral de comércio em setembro, numa tentativa de resolver as divergências de opinião que existem sobre as tarifas na carne de vaca e no setor automóvel, segundo escreveu o jornal económico Nikkei no arranque deste mês. 

De acordo com a Kyodo, o Governo japonês está ainda a considerar a resposta a Trump. Uma das possibilidades em cima da mesa é comprar os bens alimentares norte-americanos, sendo estes depois canalizados para a ajuda alimentar dada pelo Japão aos países africanos. A confirmar-se, a compra desses alimentos deverá valer várias centenas de milhões de dólares, incluindo os custos de transporte.

Este pedido de Trump surge após na semana passada ter sido noticiado que a China mandou parar as importações de bens alimentares dos EUA, após a administração norte-americana ter anunciado uma nova ronda de tarifas. A compra de alimentos dos EUA teria sido um compromisso feito pelas autoridades chinesas como forma de reduzir o défice comercial de bens.

Dado que os agricultores são uma das frações de eleitores mais importantes para Donald Trump, o presidente norte-americano apressou-se a dizer que poderia dar mais apoios financeiros no próximo ano a quem fosse afetado pela decisão da China.

"Tal como já aprenderam nos últimos dois anos, os nossos grandes agricultores americanos sabem que a China não irá conseguir afetá-los", escreveu no Twitter, referindo que enquanto presidente continuará a apoiá-los. A ajuda anunciada no ano passado chegava aos 12 mil milhões de dólares.
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