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Trump mantém "forte" compromisso com a NATO após aliados aceitarem aumentar despesa

O presidente dos Estados Unidos garantiu que os aliados da NATO aceitaram aumentos "substanciais" nos seus contributos para a organização.

12 de Julho de 2018 às 11:56
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A passagem de Donald Trump pela cimeira da NATO tem sido repleta de exigências aos restantes membros da Aliança Atlântica. Hoje, o presidente dos Estados Unidos disse que manifestou aos líderes dos países da NATO que estava "extremamente infeliz" com os seus compromissos financeiros.

"Dei-lhes conta que estava extremamente descontente. A reunião foi um pouco dura a uma certa altura, mas no final tudo correu bem, pois "todos concordaram em aumentar muito o seu compromisso" de "forma substancial", afirmou Trump na conferência de imprensa, referindo-se a ter conseguido um maior financiamento por parte dos outros países.

"Todos na sala concordaram pagar mais e pagar mais rapidamente, como nunca antes", disse, destacando a resposta dada pelos aliados, que aumentaram em 33 mil milhões de dólares as despesas desde o ano passado, montante que pode chegar aos 40 mil milhões.

Assim, o compromisso dos EUA com a NATO continua "muito forte". "A NATO é muito mais forte do que era há dois dias", frisou Trump, reclamando vitória pelos resultados da reunião desta quinta-feira. 

Trump decidiu falar aos jornalistas depois de terem saído notícias sobre as declarações que tinha efectuado no interior da reunião, que passou a extraordinária (os participantes Ucrânia, Afeganistão e Georgia tiveram que sair).

Afinal o presidente dos Estados Unidos ameaçou ou não sair da NATO se os aliados recusassem aumentar as metas para as despesas militares? Os diplomatas ouvidos pelo Político garantem que sim, citando expressões como "graves consequências" e "faremos as coisas sozinhos" se não houvesse acordo.

Nas declarações aos jornalistas Trump não escondeu que reclamou um aumento das contribuições, mas adiantou que os aliados aceitaram esse compromisso, pelo que os Estados Unidos permanecem comprometidos com a NATO.

O presidente dos EUA classificou a reunião de emergência de "fantástica" e que decorreu com "um grande espírito colegial".  

Nas declarações aos jornalistas, Trump não escondeu que poderá retirar o país da NATO, mesmo sem o apoio do Congresso, mas acredita que tal não será necessário.

Foi esta a resposta que Trump deu quando foi questionado directamente se tinha efectuado a ameaça de sair da NATO, sugerindo que deixa no ar essa ameaça até que se concretize o aumento da despesa por parte dos aliados. Um diplomata ouvido pela Reuters afirmou que Trump disse na reunião que os aliados "têm de aumentar a despesa até Janeiro de 2019, caso contrário os Estados agirá sozinho". 


Despesa de 4% do PIB

Na quarta-feira, Donald Trump tinha pedido aos líderes da NATO um aumento para 4% do PIB nas despesas militares, um valor que é o dobro da meta actual que não é cumprida por grande parte dos países.

 

No Twitter, Donald Trump comentou a reunião da NATO de quarta-feira, voltando a criticar a Alemanha e a exigir que os membros da Aliança aumentem imediatamente as contribuições para 2%.

 

Trump "sugeriu que não só os países aumentem as contribuições para 2% do PIB, mas que aumentem para 4%", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders. "Trump quer ver os nossos aliados a partilharem uma maior fatia da despesa e que no mínimo cumpram com as suas obrigações". Sarah Sanders recordou que Donald Trump já tinha feito a mesma proposta na cimeira da NATO do ano passado. 

Os chefes de Estado e de Governo da Aliança Atlântica comprometeram-se na cimeira do País de Gales de 2014 a canalizar 2% do seu PIB para despesas em Defesa no prazo de uma década, um compromisso que se converteu na principal exigência do Presidente norte-americano aos restantes membros da NATO.

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