Notícia
Trump diz que está na altura de um acordo comercial com a União Europeia
Perante um impasse nas negociações entre a UE e os EUA, Donald Trump e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciaram em janeiro o desejo de relançar uma nova rota de comércio transatlântico e concluir um acordo comercial, a breve prazo.
10 de Fevereiro de 2020 às 20:14
O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse hoje que está na altura de negociar um acordo comercial com a União Europeia (UE), apelando aos europeus para abrirem os seus mercados a produtos norte-americanos.
Perante um impasse nas negociações entre a UE e os EUA, Donald Trump e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciaram em janeiro o desejo de relançar uma nova rota de comércio transatlântico e concluir um acordo comercial, a breve prazo.
"A Europa trata-nos muito mal", disse hoje Trump, perante uma plateia de governadores de estados, na Casa Branca, queixando-se de "um enorme 'défice'" nas relações com Bruxelas "nos últimos 10 ou 12 anos".
Não é a primeira vez que Trump se queixa do que considera ser um desequilíbrio nas relações comerciais entre os EUA e a UE, tendo recentemente ameaçado impor tarifas adicionais a importações europeias, no setor automóvel, em retaliação a medidas da Comissão Europeia contra empresas norte-americanas.
Hoje, o Presidente dos EUA acrescentou que a UE tem imposto "incríveis barreiras alfandegárias" e pediu aos membros da comunidade para abrir mais os mercados aos produtos norte-americanos, especialmente na área agrícola.
No encontro com Von der Leyen, em janeiro, à margem da cimeira do Fórum Económico Mundial, em Davos, Trump disse que estas dificuldades impeliam um novo acordo comercial entre os dois blocos, dizendo que gostaria de o finalizar rapidamente.
Hoje, o Presidente norte-americano explicou que o atraso nas negociações se deve ao facto de se ter concentrado prioritariamente nas relações comerciais com a China, o Japão e a Coreia do Sul.
"Não quero fazer tudo ao mesmo tempo", explicou Trump.
Desde o início do ano, o comissário europeu do Comércio, o irlandês Phil Hogan, já esteve em Washington por duas vezes, para reunir com o seu homólogo norte-americano, Robert Lightizer, tentando encontrar soluções para o impasse.
Von der Leyen também deve ir a Washington em breve, para uma reunião que pode levar à assinatura de uma espécie de "declaração política", como a que foi concluída em julho de 2018 entre Donald Trump e o ex-presidente da Comissão Jean-Claude Juncker.
Na altura, os dois líderes prometeram negociar dois acordos: um destinado a abolir os direitos aduaneiros sobre bens industriais, o outro para eliminar certas barreiras não-tarifárias ao comércio por meio de cooperação regulatória.
As discussões sobre bens industriais não avançaram desde então, mas os norte-americanos já fizeram saber que gostariam de incluir a agricultura no escopo do acordo, ao qual os europeus se opõem.
As negociações com Bruxelas ocorrem ao mesmo tempo que Trump tenta lançar um novo acordo comercial com o Reino Unido, na sequência do 'Brexit', prometendo ser um parceiro privilegiado dos britânicos.
Trump apresenta orçamento com cortes sociais e aumento na defesa militar
Donald Trump, anunciou hoje um orçamento, que corta em programas sociais e aumenta gastos na defesa militar.
O orçamento para 2021 estima que o défice global atingirá mais de um bilião de dólares, já neste ano, antes de diminuir de forma constante para níveis mais aceitáveis, de acordo com projeções económicas consideradas otimistas, pelos analistas, citados pela imprensa norte-americana.
A proposta de Trump, com cerca de 4,8 biliões de dólares (4,4 biliões de euros) que terá de ser aprovada no Congresso, inclui gastos adicionais na defesa, sobretudo com a criação de uma nova força espacial, assim como na segurança de fronteiras, uma promessa eleitoral de 2016, que tem vindo a ser adiada.
O Governo quer ainda prolongar os cortes nas receitas de IRS, que já deviam ter expirado, e prevê uma redução de 02% nos gastos com programas domésticos, na área social, na educação e na proteção ambiental.
"O orçamento define o caminho para um futuro de continuado domínio americano e prosperidade", comentou Trump, num texto que acompanha o documento estratégico.
"Há um otimismo que não existia antes de 63 milhões de americanos me pedirem para trabalhar para eles e drenar o pântano", diz o Presidente nesse texto, referindo-se à sua promessa de introduzir mais transparência no sistema político de Washington.
"Durante décadas, as elites de Washington disseram-nos que os americanos não tinham outra escolha a não ser aceitar a estagnação, decadência e declínio. Provámos que estavam errados. A nossa economia está forte, de novo", explica Trump, recuperando ideias que defendeu durante o discurso do Estado da União, proferido na passada semana, no Congresso.
As propostas de cortes na área da saúde, nas senhas de alimentação ou nos empréstimos estudantis, previstos neste orçamento, já tinham sido apresentadas em orçamentos anteriores, mas foram rejeitados pela Câmara de Representantes, mesmo quando era controlada pelos Republicanos.
Perante um impasse nas negociações entre a UE e os EUA, Donald Trump e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciaram em janeiro o desejo de relançar uma nova rota de comércio transatlântico e concluir um acordo comercial, a breve prazo.
Não é a primeira vez que Trump se queixa do que considera ser um desequilíbrio nas relações comerciais entre os EUA e a UE, tendo recentemente ameaçado impor tarifas adicionais a importações europeias, no setor automóvel, em retaliação a medidas da Comissão Europeia contra empresas norte-americanas.
Hoje, o Presidente dos EUA acrescentou que a UE tem imposto "incríveis barreiras alfandegárias" e pediu aos membros da comunidade para abrir mais os mercados aos produtos norte-americanos, especialmente na área agrícola.
No encontro com Von der Leyen, em janeiro, à margem da cimeira do Fórum Económico Mundial, em Davos, Trump disse que estas dificuldades impeliam um novo acordo comercial entre os dois blocos, dizendo que gostaria de o finalizar rapidamente.
Hoje, o Presidente norte-americano explicou que o atraso nas negociações se deve ao facto de se ter concentrado prioritariamente nas relações comerciais com a China, o Japão e a Coreia do Sul.
"Não quero fazer tudo ao mesmo tempo", explicou Trump.
Desde o início do ano, o comissário europeu do Comércio, o irlandês Phil Hogan, já esteve em Washington por duas vezes, para reunir com o seu homólogo norte-americano, Robert Lightizer, tentando encontrar soluções para o impasse.
Von der Leyen também deve ir a Washington em breve, para uma reunião que pode levar à assinatura de uma espécie de "declaração política", como a que foi concluída em julho de 2018 entre Donald Trump e o ex-presidente da Comissão Jean-Claude Juncker.
Na altura, os dois líderes prometeram negociar dois acordos: um destinado a abolir os direitos aduaneiros sobre bens industriais, o outro para eliminar certas barreiras não-tarifárias ao comércio por meio de cooperação regulatória.
As discussões sobre bens industriais não avançaram desde então, mas os norte-americanos já fizeram saber que gostariam de incluir a agricultura no escopo do acordo, ao qual os europeus se opõem.
As negociações com Bruxelas ocorrem ao mesmo tempo que Trump tenta lançar um novo acordo comercial com o Reino Unido, na sequência do 'Brexit', prometendo ser um parceiro privilegiado dos britânicos.
Trump apresenta orçamento com cortes sociais e aumento na defesa militar
Donald Trump, anunciou hoje um orçamento, que corta em programas sociais e aumenta gastos na defesa militar.
O orçamento para 2021 estima que o défice global atingirá mais de um bilião de dólares, já neste ano, antes de diminuir de forma constante para níveis mais aceitáveis, de acordo com projeções económicas consideradas otimistas, pelos analistas, citados pela imprensa norte-americana.
A proposta de Trump, com cerca de 4,8 biliões de dólares (4,4 biliões de euros) que terá de ser aprovada no Congresso, inclui gastos adicionais na defesa, sobretudo com a criação de uma nova força espacial, assim como na segurança de fronteiras, uma promessa eleitoral de 2016, que tem vindo a ser adiada.
O Governo quer ainda prolongar os cortes nas receitas de IRS, que já deviam ter expirado, e prevê uma redução de 02% nos gastos com programas domésticos, na área social, na educação e na proteção ambiental.
"O orçamento define o caminho para um futuro de continuado domínio americano e prosperidade", comentou Trump, num texto que acompanha o documento estratégico.
"Há um otimismo que não existia antes de 63 milhões de americanos me pedirem para trabalhar para eles e drenar o pântano", diz o Presidente nesse texto, referindo-se à sua promessa de introduzir mais transparência no sistema político de Washington.
"Durante décadas, as elites de Washington disseram-nos que os americanos não tinham outra escolha a não ser aceitar a estagnação, decadência e declínio. Provámos que estavam errados. A nossa economia está forte, de novo", explica Trump, recuperando ideias que defendeu durante o discurso do Estado da União, proferido na passada semana, no Congresso.
As propostas de cortes na área da saúde, nas senhas de alimentação ou nos empréstimos estudantis, previstos neste orçamento, já tinham sido apresentadas em orçamentos anteriores, mas foram rejeitados pela Câmara de Representantes, mesmo quando era controlada pelos Republicanos.