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Tensão entre EUA e Arábia Saudita alivia
Os ânimos estavam a aquecer entre os EUA e a Arábia Saudita. Mas um telefona bastou para que o príncipe Mohammad bin Salman convencesse Donald Trump que o reino não está envolvido no desaparecimento de um colunista do Washington Post.
A tensão entre a Arábia Saudita e os EUA aumentou este domingo devido ao desaparecimento de Jamal Khashoggi, um colunista do Washington Post, que é crítico do regime saudita. O presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu, numa entrevista ao "60 Minutes" da CBS, uma "punição severa" caso a Arábia Saudita esteja relacionada com o desaparecimento de Jamal Khashoggi.
A Arábia Saudita rejeitou qualquer envolvimento, mas deixou claro que estaria preparada para reagir com uma resposta mais dura do que as medidas que eventualmente lhe fossem aplicadas.
Já esta segunda-feira, 15 de Outubro, os líderes dos dois países falaram, por telefone, com o príncipe Mohammad bin Salman a garantir que a Arábia Saudita não está envolvida no desaparecimento do colunista. Donald Trump afirmou que a forma como Mohammad bin Salman negou o envolvimento do reino foi "muito, muito forte".
O presidente dos EUA sugere que Jamal Khashoggi terá sido morto por "assassinos a soldo".
A troca de ameaças entre os dois países aumentou os receios dos investidores. Por um lado porque haveria mais um foco de stress geopolítico e, por outro, porque a Arábia Saudita tem um ponto "extra". É o maior exportador de petróleo do mundo e admitiu usar esta "arma" contra quem tentasse ferir o reino.
Até aqui, a relação entre os dois países foi amigável, com acordos de milhares de milhões de dólares em investimentos e comércio de armas entre os dois países.